Loulé recebe entre os dias 27 e 30 de Junho a 16ª edição do Festival MED com, provavelmente, o programa mais forte dos últimos anos e algumas novidades em termos de redimensionamento dos palcos na zona histórica e da oferta cultural ainda mais vadiada.
São várias as razões para não perder esta edição do MED.
1 – 60 bandas de 22 países dos quatro cantos do mundo, 280 músicos e 10 palcos
Um cartaz, como sempre, ecléctico que proporcionam três dias alucinantes, sem tempos mortos em que planear previamente o percurso diário entre palcos e ter a capacidades de super herói (como o Flash) para se mover rapidamente entre o público que vai usufruindo das vistas do souk nas estreitas ruelas da zona histórica, pode significar um acréscimo substancial de propostas musicais visionadas.
Dobro Sound System (Portugal), DJ Burumtuma (Guiné-Bissau), Marcelo D2 (Brasil), Mellow Mood (Itália), Marinah (Espanha)***, The Turbans (Bulgária/Israel/Irão/Grécia/Turquia/Reino Unido)***, Kel Assouf (Níger/Bélgica)***, Selma Uamusse (Moçambique/Portugal), Orkesta Mendoza (Estados Unidos/México),*** Anthony Joseph (Trindade e Tobago), Moonlight Benjamin (Haiti)***, Dino D’Santiago (Portugal/Cabo Verde), Tshegue (Congo/França), Gisela João (Portugal), Dead Combo (Portugal), Diabo na Cruz (Portugal), Cais do Sodré Funk Connection (Portugal), Camané e Mário Laginha (Portugal), Gato Preto (Gana/Moçambique/Portugal), Omiri (Portugal), Márcia (Portugal), Ricardo Ribeiro (Portugal), Elisa Rodrigues (Portugal), Júlio Pereira (Portugal), Ruben Monteiro (Portugal), Luís Galrito com João Afonso (Portugal), DJ Riot (Portugal), Eneida Marta (Cabo Verde), Francisco, El Hombre (Brasil), Os Tubarões (Cabo Verde)***, Baba Zula (Turquia)***, Los de Abajo (México) e Dhafer Youssef (Tunísia)***.
*** projectos internacionais para tentar não perder.
2 – Novo Palco Chafariz
Este ano há um novo palco para rivalizar com a Matriz e a Cerca. O Chafariz receberá nomes como Baba Zula, Moonlight Benjamim, Kel Assouf, Selma Uamusse, Gisela João, entre outros.
3 – Reformulação do Palco Castelo
O palco do Castelo voltará a ter uma nova disposição e agora um conceito mais intimista e só propostas nacionais de muito bom gosto: Júlio Pereira, Márcia, Ricardo Ribeiro, entre outros.
4 – Cinema MED integrado nos dias do festival
Mais um grande passo rumo à oferta cultural total. Este ano, o Cinema MED que em anos anteriores decorria na semana que antecedia o MED, passa agora a integrar o cartaz e o recinto do evento e tem a curadoria de Rui Pedro Tendinha, que estreará o filme «Gabriel e a Montanha», do realizador brasileiro Fellipe Barbosa, no dia 30 (o Open Day do MED), no Palco Castelo.
Como aperitivo para os concertos, haverá também a exibição de «curtas» na Casa do Castelo, espaço localizado no Largo D. Pedro I, fazendo a ligação entre música e cinema: dia 27, «Fade into Nothing», de Paulo Furtado, Rita Lino e Pedro Maia, «My Heart safe at home» e «Let bygones be bygones», ambas de Susana Abreu.
No dia 28, «Corrente», de Rodrigo Areias, «Pixel Frio», de Rodrigo Areias e «Amar é para os fortes», de Marcelo D2.
Já no dia 29, será a vez de «Ainda tenho um sonho ou dois – a História dos Pop Dell’Arte», de Nuno Duarte, e «Domesticada», de Rodrigo Areias e Paulo Furtado.
Dentro da mesma temática, e na habitual parceria com a Associação Portuguesa de Festivais de Música (APORFEST), logo no dia de abertura do Festival MED, decorre a conferência «Festivais de Cinema e Festivais de Música – Uma simbiose?».
5 – MED Kids ampliado
Da Rua do Município o MED Kids passará, nesta 16ª edição, para um quintalão atrás da Igreja Matriz, paredes-meias com o Palco Arco.
Este é um local onde as crianças poderão divertir-se num ambiente agradável, acolhedor e seguro, criando e experimentando atividades relacionadas com as culturas do mundo e o espírito do MED, enquanto os pais circulam pelo recinto do Festival, que este ano terá ainda mais preocupações com a ecologia.
Durante quatro dias, o MED Kids receberá crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, acompanhadas por uma equipa de monitores. Além de novo local, há mais estreias no espaço infantil: uma programação conjunta da Rádio Zig Zag, web rádio do grupo RTP direcionada a um público infantil, para além das habituais atividades desenvolvidas pela equipa da Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen.
A Zig Zag trará três rubricas de entretenimento para as crianças: das 20 às 20h30, «Sons do Meu Planeta» (Ouves mesmo muito, muito bem? Então, tenta adivinhar o som que vamos tocar!); das 20h30 às 21h30, «Coco Loco» (uma hora de discoteca só para crianças com o Dj Coco e o MC Loco), e das 23h30 às 00h00, «Inspira Expira» (quando o sol se deita, é hora de descansar na Rádio Zig Zag, com histórias perfeitas para ajudar a acalmar depois de um dia de agitado).
Nos momentos em que a rádio não estará com oficinas, as crianças que queiram poderão fazer uma visita, «brincar» e experimentar o mundo da rádio.
Já a Biblioteca, propõe uma atividade diferente por dia: dia 27, às 21h30, um atelier de fantoches de meia; dia 28, conto teatralizado inspirado na obra «A Fada Oriana», pela II ACTO Produções Artísticas (no âmbito das comemorações do Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen); dia 29, um teatro de marionetas «Pinóquio – O Início», e no dia 30 um atelier de origami.
6 – Festival “Sê-Verde” cada vez mais “Circular”
Depois de ter sido distinguido pelo “Sê-Verde” e ter recebido um Iberian Festival Award pelo “Melhor Contributo para a Sustentabilidade” no contexto ibérico, este ano serão introduzidas novas medidas ambientais, como papeleiras compactadoras alimentadas a energia solar, a substituição de grande parte do plástico descartável utilizado nas tasquinhas da gastronomia por peças biodegradáveis e compostáveis e a colocação de dispensadores para a correta deposição de beatas e pastilhas elásticas são medidas que a organização irá implementar e que foram candidatadas ao Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente.
Estas ações juntam-se, assim, ao Copo Ecológico, introduzido em 2014, e que permitiu reduzir drasticamente o plástico no recinto, ao Movimento Zero Desperdício, às células fotovoltaicas (alimentadas a energia solar), colocadas em alguns espaços de restauração ou à disponibilização de pontos gratuitos e eficientes de água
7 – A grande mostra de Músicos Locais
Ainda não foi anunciada a programação dos palcos secundários, mas tanto a Bica como o Arco são lugares de visita obrigatória. Local de muitas agradáveis surpresas em que tomamos um primeiro contacto com interessantes projectos locais como OrBlua, Migna Mala, Mondopardo ou Um Corpo Estranho. Um verdadeira Algarve Music Expo.
8 – O Teatro que serve Gin Tonic
No MED, também o Teatro ganhará este ano um destaque. Em parceria com o experiente Teatro Análise da Casa da Cultura de Loulé (TAL) será apresentado, no Palco Bica, uma teatralização de alguns poemas da obra «Os Contos do Gin Tonic» de Mário Henrique Leiria.
Alinhamento integral dos 4 palcos principais já disponível no site do MED.