Discos

DISCOGRAFIA ESSENCIAL (5) GJALLARHORN – “CALL OF THE SEA WITCH”

Gjallarhorn
Call of the Sea Witch
Finland Innovator / Warner

Com sede em Vaasa, os Gjallarhorn fazem parte dos seis por cento de fino-suecos a viver na Finl?ndia, mas cuja l?ngua nativa ? o sueco. Da? que a m?sica que este grupo pratica, denuncie bem as marcas que este povo deixou aquando da sua ocupa??o. Apenas uma das baladas ? de ra?z fino-?grica que reporta aos tempos medievais do Kalevala. Todas as outras s?o cantadas em sueco, e tamb?m em noruegu?s. Enquanto grupos como V?rttin? e Hedningarna parecem agora sofrer do s?ndroma “j?-fizemos-o-?lbum-da-nossa-vida-e-agora?”, os Gjallarhorn, sem uma pesada cruz como ?Oi Dai? ou ?Kaksi? para carregar, apresentam-se como uma fresqu?ssima revela??o da folk destas g?lidas paragens, sem necessitar de recorrer ?s novas tecnologias. Desprovidos de pretens?es em atingir uma plenitude criativa e subversiva de um Kaksi, os Gjallarhorn arquitectam um disco totalmente ac?stico, mas n?o menos inovador, que possui uma capacidade ?mpar de nos surpreender. Ateus como os Hedningarna, v?o buscar a ess?ncia da sua m?sica ?s ra?zes da terra e ao mar profundo da Yggdrasil (?rvore de sabedoria) Viking. Eles, que est?o, na costa Finlandesa, a dialogar com a outra costa Sueca atrav?s do golfo da Ostrob?tnia. Da? que, ao longo de Ranarop – Call of The Sea Witch, n?o nos seja de todo estranha a presen?a de temas e ambientes marinhos. Um disco praticamente voltado para o mar, erigido na cidade mar?tima de Vaasa, onde nos encontramos (de barco) a tr?s horas da Su?cia. Veja-se o t?tulo do disco que ? dedicado a Ran, a deusa dos oceanos na mitologia n?rdica e protectora deste trabalho, ou “Herr Olof”, uma balada sobre um Rei que se apaixona por uma sereia, musa que o convida a descer ao fundo do mar para visitar o seu condado, sem esquecer Sj?jungfrun och Konungadottern/The Mermaid and the Princess que aborda a mesma tem?tica. Aqui, Jenny Wilhelms (a voz e um dos violinos) tem o dom de nos hipnotizar com o seu sumptuoso e c?ndido canto, pr?prio de uma menina de 23 anos, qual sereiazinha de Hans Christian Andersen, acompanhada pela melodia compassada das mar?s que se confundem na suavidade da harpa e na gravidade do didgeridoo de Jakob Frankenhaeuser (que aprendeu a tocar o f?lico instrumento na Austr?lia).

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