Festivais

Terceira edição do Festival Cordas: da Macaronésia à Finlândia

A Ilha do Pico nos Açores recebe entre os dias 12 e 16 de setembro a terceira edição do Festival Cordas. Para além da habitual divulgação das violas de arame e da terra, haverá outros cordofones em destaque. O timple das Ilhas Canárias e o kantele da Finlândia.

A terceira edição do Festival Cordas, músicas do mundo, recebe apoio internacional. Investimento das Canárias e da Finlândia programam duas noites de música no Auditório da Madalena.

A abertura do festival dá as boas vindas ao regresso de Beselch Rodriguez e Marco del Castillo, que participaram na primeira edição do festival. Desta vez, os músicos das Canárias vêm acompanhados por Germán López que vem reforçar a presença do Timple, o instrumento típico originário do arquipélago espanhol. Maija Kauhanen estreia em Portugal apresentando um típico e antigo instrumento de cordas do folclore finlandês, o Kantele, para o concerto de sábado à noite. Maija foi um dos sucessos musicais do Womex 2017, a maior feira de músicas do mundo.

O encerramento desta terceira edição é dedicado aos músicos dos Açores, que desde já estão todos convidados para o convívio, domingo à tarde, na MiratecArts Galeria Costa. O concerto final será no Auditório da Madalena e abraça as Violas dos Açores, um programa da Associação de Juventude Violas da Terra, liderado pelo mestre Rafael Carvalho. A viola de arame dos Açores, Viola da Terra, continua a ser o destaque e razão da criação deste festival que já ocupa lugar nas listas de festivais de músicas do mundo.

Com eventos marcados em localidades como o “Santuário dos Dragoeiros”, no Museu do Vinho, e ainda apresentações no “centro da terra” na Gruta das Torres, o Festival Cordas recebeu nomeações para Melhor Pequeno Festival, Melhor Programação e ainda Melhor Promoção Turística nos Prémios Ibéricos 2018, depois de ter conseguido ficar na lista dos TOP10 Melhores Novos Festivais na edição anterior.

 

Maija Kauhanen

PROGRAMA RESUMIDO

quarta 12 SET:

18h Abertura da Exposição de Andreia Sousa (São Miguel)- Atlântico Teahouse
21h Half Step Down (Pico) – Auditório da Madalena (entrada/lobby)
21h Pintura ao Vivo por artista em residência, Andreia Sousa – Auditório da Madalena
21h30 Timples (Canárias) com Beselch Rodriguez, German López e Marco del Castillo -Auditório da Madalena

quinta 13 SET:

10h Cordas nas Escolas
12h30 Rabeca, Carolina Umbelino (Brasil) – Museu do Vinho
18h00 Resonator Guitar, Pieter Adriaans (Holanda) – Gruta das Torres
21h30 Guitarra Clássica, Rogério Cardoso Pires (Lisboa) – Museu dos Baleeiros, Lajes do Pico

sexta 14 SET:

10h Cordas na ECCN
12h30 Guitarras, João da Ilha (Terceira) – Museu do Vinho
18h00 Gretsch eletromatic, Bruno da Rosa (Pico) – Gruta das Torres
19h30 Conversa de Artistas – Cella Bar

sábado 15 SET:

11h30 Improv com vários artistas – Lagoa do Capitão
14h00 Talk: Experiência Pico & Cordas – Caffé Cinq
18h00 9 ilhas 2 corações: CD, exposição e conversa com Rafael Carvalho (São Miguel) – Galeria A Brasa (ao lado do Hotel Caravelas)
21h30 Kantele, Maija Kauhanen (Finlândia) – Auditório da Madalena

domingo 16 SET:

14h00 PICOWINES na MiratecArts Galeria Costa, Candelária
15h00 Solos, duos, grupos em concertos acústicos e ao ar-livre incluindo músicos já confirmados da: Casa da Música da Candelária, Grupo de Tocadores da Viola da Terra de São Jorge, Trio da Associação dos Músicos da Ilha Branca e Associação de Juventude Viola da Terra; para participar, é só aparecer com teu instrumento de cordas e te juntares na hora das desgarradas e chamarritas – MiratecArts Galeria Costa, Candelária

19h00 Dialogo sobre o Dia da Viola da Terra – Atlântico Teahouse
21h30 Violas dos Açores: Bruno Bettencourt (Terceira), José João Mendonça (Graciosa), Manuel “Canarinho” (Pico), Rafael Carvalho (São Miguel), Renato Bettencourt (São Jorge) – Auditório da Madalena

 

A NÃO PERDER

Do Japão aos Açores, o Timple das Canárias destacado na abertura da terceira edição do Festival Cordas

Acabado de completar uma digressão pelo Japão, o timple de Beselch Rodriguez, acompanhado pelo guitarrista Marco del Castillo, volta ao Festival Cordas, na ilha do Pico, Açores. Depois da primeira edição, em que os músicos prometeram voltar, as audiências da ilha montanha recebem-nos para a abertura da terceira edição do festival de músicas do mundo. Desta vez, o duo é trio, porque vem acompanhado pelos timples de Germán López para reforçar a presença deste o instrumento mais típico das ilhas Canárias.

O timple é um instrumento musical com cinco cordas (em algumas ilhas apenas quatro foram usadas), e é o mais típico das Ilhas Canárias. É um dos instrumentos derivados de guitarras barrocas e, dizem ser, primo do cavaquinho de Portugal.

A sua primeira presença no Festival Cordas aconteceu em 2016 e foi muito bem recebida no palco da Praça da Madalena. Desta vez, é o novo Auditório da Madalena que acolhe a presença espanhola, mais propriamente das Canárias, quarta-feira à noite, 12 de setembro.

A noite inicia pelas 21h com o duo da ilha do Pico, Half Step Down, constituído por Tony Silveira na guitarra e voz e Wilson Medina no bandolim. Esta apresentação vai acontecer com a artista em residência, Andreia Sousa, que está a construir uma pintura gigante em tela, alusiva à temática do festival.

 

Rafael Carvalho e a Viola da Terra no Festival Cordas

Rafael Carvalho é o maior dinamizador da Viola da Terra, a viola de arame dos Açores, ou viola dos dois corações, como também é conhecida. O músico virtuoso volta ao Festival Cordas, como cabeça de cartaz, liderando vários eventos. E cabeça de cartaz não é só forma de falar, pois é a imagem do micaelense, com coração matrimonial no Pico, que ocupa o cartaz de promoção da terceira edição do Festival Cordas, a acontecer de 12 a 16 de setembro 2018, na ilha do Pico.

O mestre Rafael Carvalho lidera o concerto de encerramento, Violas dos Açores, no Auditório da Madalena. Este é um programa da Associação de Juventude Viola da Terra que abraça músicos e tocadores da viola de várias ilhas. Os participantes agendados, além de Carvalho, são o terceirense Bruno Bettencourt, o graciosense José João Mendonça, o picuense José Canarinho e o jorgense Renato Bettencourt.

Rafael Carvalho também apresentará o seu novo CD, 9 Ilhas 2 Corações, que inclui a viola em 80 músicas tradicionais das 9 ilhas dos Açores. Uma exposição do trabalho de escrita de Rafael Carvalho vai estar patente na Galeria “A Brasa”, onde haverá, também, sábado à noite, um momento íntimo de conversa com o músico. Na tarde de domingo, as audiências aventureiras vão se deliciar com uma apresentação especial onde o habilidoso artista leva a viola para o meio da floresta musical, na MiratecArts Galeria Costa, num dos palcos mais únicos que faz do Festival Cordas um dos mais cobiçados: os currais das vinhas da ilha do Pico.

Festival Cordas leva guitarras para o centro da terra

A Gruta das Torres, localizada na freguesia da Criação Velha, é o palco para dois eventos do Festival Cordas. Os concertos agendados para quinta e sexta-feiras, dias 13 e 14 de setembro, pelas 18h, levam guitarras únicas para o centro da terra, na gruta que se estende por cerca de 5150 metros.

Resonator guitar, guitarra ressonante, acústica, produz som através da condução de vibrações de cordas da ponte para um ou mais cones de metal fiado. De som mais alto que as guitarras acústicas comuns, de certeza que se enquadrará como uma luva no maior tubo lávico de Portugal, nas mãos do multifacetado artista holandês Pieter Adriaans. Pieter, que já faz da ilha de São Jorge a sua residência, volta ao festival depois de ter participado na primeira edição com um programa que abrangeu as escolas e, com uma mostra de vários instrumentos de cordas.
Anteriormente conhecido por Prozac Camel, Bruno da Rosa, deixa o experimental e assume-se como cantautor. O seu novo projeto de músicas, em português com algum inglês, mostra uma maturidade na voz e na composição. O músico picuense apresenta-se com uma guitarra Gretsch eletromatic.

João da Ilha

João da Ilha, Carolina Umbelino e Rogério Pires no Museu do Pico

A terceira edição do Festival Cordas espalha-se um pouco pela ilha montanha de 12 a 16 de setembro 2018. O Museu do Pico, através do Auditório do Museu dos Baleeiros, na Lajes do Pico, e do Santuário dos Dragoeiros, no Museu do Vinho na Madalena, vai ser cenário para três dos eventos deste festival, considerado um dos melhores festivais de músicas do mundo na Península Ibérica, pelos Iberian Festival Awards.

Dono de uma voz cálida e intimista, João da Ilha é um cantautor açoriano, nascido na Ilha Terceira e estabelecido em Setúbal, que volta ao Pico depois de se ter apresentado no Azores Fringe Festival. Firmando a língua portuguesa e integrando diversas influências que culminam numa sonoridade acústica, calma e sobretudo viajante, a “música do Atlântico”, como se refere, terá um novo palco entre a beleza dos dragoeiros no Museu do Vinho, para a hora de almoço, na sexta-feira 14 de setembro.

E é também na hora de almoço, mas na quinta-feira, que a brasileira Carolina Umbelino se estreia nos Açores com a sua Rabeca Nordestina. Com um repertório brasileiro e as suas interseções com a música herdada da península ibérica faz com que seja mais um momento a não perder neste cenário idílico.

O Auditório do Museu dos Baleeiros também tem a sua estreia no Festival Cordas. No dia 13 de setembro, quinta-feira, o músico português Rogério Cardoso Pires, traz-nos mais uma estreia açoriana, com o seu projeto a solo. Apresentando o novo CD, Bagatelas, em guitarra clássica, promete ser um concerto intimista na vila dos baleeiros, recheado de surpresas.

 

Lagoa do Capitão

Conferência no Festival Cordas abraçada pelos “hot spots” na Madalena, Pico

“Este ano a ideia é dar mais espaço para os artistas participantes conhecerem-se, bem como haver oportunidades para as audiências também perceberem um pouco mais sobre os artistas, além dos seus trabalhos em performance” diz Terry Costa, o diretor artístico da MiratecArts, entidade organizadora deste TOP 10 Melhor Novo Festival, Iberian Awards 2017. Sendo assim, haverá conversa, troca de conhecimentos e de experiências, diálogo e apresentações e, ainda, um evento de improvisação entre artistas a acontecer na idílica paisagem da Lagoa do Capitão, no sábado, 15 de setembro, pelas 11h30 da manhã.

Os parceiros de apresentação para a conferência são os “hot spots” da vila da Madalena. Sexta, à noite, a conversa com artistas acontece no Cella Bar; sábado, à tarde, a partilha de experiências será no Caffé 5 Cinq; e, pelas 18h, apresenta-se o novo CD de Rafael Carvalho, assim como uma exposição de textos do artista acompanhada pelas fotografias de José Feliciano, na Galeria A Brasa (A Brasa Restaurante). No domingo, ao jantar, será o diálogo para a criação do Dia da Viola da Terra a acontecer na Atlântico Teahouse. Marque a sua mesa nestes locais emblemáticos na vila da Madalena e garanta a oportunidade de conhecer os artistas participantes no festival.

O Festival Cordas é um projeto da associação MiratecArts e acontece de 12 a 16 de setembro, na ilha do Pico, Açores, com o apoio da Direção Regional do Turismo e outros parceiros. Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo do Governo dos Açores, diz que “não se trata apenas de receber o mundo, mas de fazer dos Açores o centro do mundo, neste caso particular, a partir da ilha montanha e através da Miratecarts.”

 


MiratecArts abraça cada vez mais a Mãe Terra

A MiratecArts opera um dos maiores centros de arte nos Açores, a Galeria Costa, onde a arte e natureza estão de mãos dadas em mais de 24 mil metros quadrados ao ar livre. Este mês, a associação apresenta duas novas vertentes para ficar mais perto da natureza e melhorar a pegada ambiental. Desde as revistas à criação de canecas, a estrear na terceira edição do Festival Cordas, de 12 a 16 de setembro, na ilha do Pico, o diretor artístico expressa a sua felicidade para com estes passos dados.

“As nossas revistas, ferramentas já cobiçadas não só por residentes mas também por visitantes, que nos conhecem através das redes sociais, estão agora a ser impressas em papel reciclado” avança Terry Costa. “Consegue-se ver a diferença pelo papel e isso causa um grande impacto no ambiente.” As revistas MiratecArts são recheadas com informação sobre os eventos que a associação apresenta, assim como os roteiros desenvolvidos: Sorrisos de Pedra de Helena Amaral, Moinhos do Pico e Madalena Roteiro de Arte Pública, que já se tornaram indispensáveis para os visitantes à ilha montanha.

Outro item que é fonte de orgulho para a MiratecArts são as canecas de bambu. Desenhadas pelo próprio diretor artístico, construídas pelo senhor João Alves da Piedade do Pico, e gravadas com o logotipo MiratecArts pelo jovem Tiago Melo, estas peças artesanais, com bambu da ilha, vem tomar conta do lugar de centenas de copos de plástico que se usava nos eventos e brindes da associação. “Se não é de vidro, agora temos as canecas de bambu, assim fazendo o plástico desaparecer cada vez mais” explica Costa. “Foi um prazer trabalhar com um residente da ilha para conseguir uma centena de canecas que serão usadas e re-utilizadas nos eventos.”

A MiratecArts para além das habituais provas e brindes com o parceiro Picowines, tem poucos eventos que incentive a beber bebidas alcoólicas. A associação tem o foco na arte e nos artistas eliminando, assim, festas que são fonte de grande desperdício e não ajudam a Mãe Terra. Assim, no domingo, 16 de setembro, pelas 14h, estão convidados a estrear as Canecas MiratecArts com a prova de novos vinhos Picowines na MiratecArts Galeria Costa – é uma aventura ao ar-livre, no meio das vinhas, seguida de atuações de vários grupos açorianos incluindo a Casa da Música da Candelária, Associação de Músicos da Ilha Branca, Tocadores da Viola da Terra de São Jorge e da Associação de Juventude Violas da Terra, culminando em cerca de 30 tocadores de instrumentos de corda.

A pintora Andreia Sousa veio colorir o Festival Cordas

Andreia Sousa é a artista em residência este mês de setembro com MiratecArts, na ilha do Pico. Em colaboração com o Festival Cordas e a temática de música, a sua passagem pela ilha montanha está a brotar muitos frutos coloridos.

A abertura da exposição “(Com)Cordas” por Andreia Sousa acontece esta quarta-feira, 12 de setembro, pelas 18h, na Atlântico Teahouse, uma das galerias oficiais da MiratecArts. A exposição ficará patente pelo outono dentro.

Pintura ao vivo é já uma atividade regular da artista e as audiências aos concertos no Auditório da Madalena vão ter a oportunidade de apreciar o desenvolvimento de uma peça durante o festival que ocorre de 12 a 16 de setembro.

Nos passados dias, a jovem artista também liderou workshops de pintura nas escolas, incentivando, assim, a criatividade nos mais novos.

Andreia Sousa é natural de São Miguel, auto-didata, dedica a sua vida à criação artística, procurando testar e desenvolver novas técnicas, suportes e materiais. Licenciou-se em Psicologia, tendo desde então tido como foco principal do seu trabalho o ser humano e as suas emoções, exprimindo-se maioritariamente através da pintura. Andreia colabora com MiratecArts há um ano, faz parte da rede discoverazores.eu e também já participou com Arte Viva no Azores Fringe.

O Festival Cordas é um projeto da associação MiratecArts e acontece de 12 a 16 de setembro, na ilha do Pico, Açores, com o apoio da Direção Regional do Turismo e outros parceiros. Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo do Governo dos Açores, diz que “não se trata apenas de receber o mundo, mas de fazer dos Açores o centro do mundo, neste caso particular, a partir da ilha montanha e através da Miratecarts.” Para o programa que inclui 14 eventos musicais, eventos paralelos que visitam as escolas locais e ainda artista em residência, visite www.festivalcordas.com

 

 

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