Faleceu no passado sábado, vítima de doença prolongada, o compositor e virtuoso acordeonista sueco Lars Hollmer. Tinha 60 anos. Os portugueses apreciadores de música improvisada tocada com acordeão acalentavam a esperança de o ver em Portugal num festival de músicas do mundo, ou dedicado a este instrumento, com os Accordion Tribe. Lars Hollmer actou há três anos atrás no Gouveia Art Rock. É com base num comunicado da organização deste festival que a Lusa escreveu a seguinte notícia:
Compositor, acordeonista e teclista, Hollmer começou a tocar em 1956 e em 1969 criou o seu próprio estúdio de gravação,’The Chickenhouse’, nos arredores de Uppsala, onde daria forma ao seu primeiro projecto musical, o grupo Samla Mammas Manna, que em 1977 ganhou novo nome, Zamla Mammaz Manna, e mais tarde Von Zamla.
Dissolvido o grupo, Hollmer prosseguiu a sua carreira a solo, publicando 10 álbuns entre 1981 e 2007.
Hollmer é “um dos maiores vultos da História da música contemporânea”, um “nome incontornável da música de vanguarda, do folk progressivo ao Rock in Opposition”, lê-se num comunicado do Gouveia Art Rock hoje divulgado.
“Lars Hollmer – prossegue o texto – revelou-se sempre um criador inesgotável, quer como compositor, quer como executante de acordeão, melódica e teclas, desenvolvendo a sua arte ao longo da sua longa carreira a solo e ao serviço de vários projectos importantes ao nível do progressivo mundial, como os incomparáveis Samla Mammas Manna, os Looping Home Orchestra, os Von Zamla, os Accordeon Tribe e os Utsikter”.
No total, Hollmer gravou dezenas de álbuns, a solo ou dirigindo projectos como os atrás citados, os Looping Home Orchestra e os Accordeon Tribe, e ainda acompanhando músicos tão diferentes como Fred Frith ou os Miriodor.
Compôs também para filmes e para produções teatrais e de bailado.
Portuguese