Festivais

O Mediterrâneo do tamanho do mundo em Loulé

MORIARTY (C) Mário Pires

Kluster com Proton String Quartet, Lura, Horace Andy, Moriarty, Rabih Abou-Khalil com Ricardo Ribeiro, Siba e a Fuloresta e Son de Nadie são alguns dos grandes motivos de interesse da versão 2009 do Med de Loulé.

O nome fica. O conceito é cada vez mais abrangente e geograficamente difuso. O festival Med de Loulé, que se realiza este ano entre os dias 24 e 28 de Junho, apresenta nesta edição uma programação que foge cada vez mais do eixo geográfico marcado pelo sul da Europa, norte de África e do Médio Oriente. Aos catalães Ojos de Brujo (primeiro nome a ser confirmado oficialmente), a organização do Med anunciou também os nomes argentinos de Bajofondo e Mercedes Sosa.

Entretanto, as Crónicas da Terra publicaram também a notícia de que a orquestra cubana Buena Vista Social Club inicia em Loulé, em pleno Med, mais uma digressão europeia.

De acordo com mais informações disponibilizadas por diversas páginas de artistas na comunidade Myspace, é também possível saber que o fabuloso colectivo norte-americano formado em França dos «irmãos» Moriarty (em memória da personagem Dean de “On The Road” de Jack Kerouac”), regressam a um festival nacional, após terem sido uma das grandes revelações no FMM de Sines de 2008. Dos cafés e dos cabarets de Paris aos prados norte-americanos do Oeste, os Moriarty unem a folk e a country da estrada 66 e a música urbana da cidade das luzes como ninguém.

Do nordeste brasileiro, Siba e a Fuloresta (também participou na edição de 2008 do FMM de Sines) regressa mais uma vez ao nosso país para actuar em Portimão, no Med de Loulé e na Casa da Música do Porto (evento Uma Casa Portuguesa).

Também o jamaicano Horace Andy deverá participar em mais do que um festival nacional. À semelhança dos Ojos de Brujo, o cantor jamaicano que muita gente conheceu pela mão dos Massive Attack participará, não só no Med de Loulé, como também no Sumol Summer Fest em Ribeira de Ilhas (Ericeira).

Esta sexta edição do mais importante evento algarvio de músicas do mundo deverá receber ainda Rabih Abou-Khalil e Ricardo Ribeiro (que dias antes actuam no Tocar de Ouvido de Évora) para apresentarem poesia “Em Português”.

No site do acordeonista finlandês Kimmo Phojonen (para quem Portugal parece ser o segundo país onde passa mais tempo) é possível verificar a presença de Kluster e Proton String Quartet, no último dia de Med.

Lura, que acabou de editar o belíssimo álbum “Eclipse”, será a legítima representante dos vários ritmos cabo-verdianos em Loulé.

Da vizinha Espanha (sempre muito bem representada) o Med recebe também (para além dos Ojos de Brujo) o projecto de Granada Son De Nadie que mistura ritmos salsa, rumba e cumbia com funk, ska e reggae, e a dupla feminina brasileira N’Sista que reside em Barcelona. Ambas servem-nos versões bem mais electrónicas de clássicos do pop /rock brasileiro como “Comida” dos Titãs de Arnaldo Antunes.

Do vasto contingente nacional que se distribuirá pelos vários palcos disponíveis é possível para já saber que irão marcar presença nesta sexta edição do Med de Loulé Donna Maria, Mu, Phillarmonic Weed, Mariária e Oco.

Previous ArticleNext Article

73 Comments

  1. Bom dia Ricardo,

    Acho que só falta mesmo ao Kimmo vir a Portugal apresentar o seu projecto com máquinas agrícolas. Quem sabe um dia num celeiro alentejano.

    Bom dia Sara,

    Na outra entrada fala-se do débil estado de saúde de Mercedes Sosa e da hipótese de ela acabar por não poder vir ao Med. De qualquer forma, o programa oficial dstribuido por dias, horas e palcos será disponibilizado esta quinta-feira.

    beijinhos

  2. O mediterranêo sempre foi um grande mar. Agora passou a ter costa mais larga. Mas vamos ver quem aparece mesmo confirmado no programa, amanhã.  Faltam arabes, à primeira vista, que costumam trazer  umas noites quentes a Loulé 🙂

  3. Pois, o outro lado do mediterrâneo também tem que se lhe diga. Pena que  Yasmin Levy não esteja este ano no MED (que eu saiba!). Quando veio há um par de anos atrás, soube mesmo á ultima da hora e perdí seguramente uma quente noite em Loulé a ouvir outra das minhas preferidas.

  4. Olá mais uma vez, Gaucha. Também tive muita pena de perder a Yasmin Levy no Med. Era uma cantora que poderia bem vir novamente já que ela actuou no primeiro dia do festival (menos movimentado). Consta que está (ou já esteve) a gravar novo disco em Madrid. Pode ser que para o ano (com novo disco acabado de editar) regresse ao nosso país.

    Mas, se gostas de Yasmin Levy, não deves perder a também cantora sefardita Mor Karbasi no FMM de Sines.

    http://fmm.com.pt/programa/20-de-julho/mor-karbasi-israel-reino-unido/

    Amália, sim. À primeira vista parecem faltar músicos árabes. Mas africanos da costa ocidental não faltam. Parece que a Rokia Traoré e a Eneida Marta também vão ao Med.

  5. É impressão minha ou o MED tá a ficar parecido com oFMM? Isto é, muita parra e pouca uva! E ainda por cima com dois nomes que estiveram o ano passado no FMM!? Isto do dito Festival nº 2 de world music andar mais ou menos a reboque do dito nº1 não é nada bom sinal! Quando se esperava que o MED se afirmasse como alternativa personalizada do FMM, revela-se afinal uma desilusão! Neste país continua-se a ter medo do RITMO, onde estão os nomes do oriente e a belly dance, os grandes ritmos africanos de dança, os balcans, um dos centros mais fervilhantes e delirantes da world music actual, a irresistível musica das antilhas, para só dar alguns exemplos! Já houve grandes momentos de festa em edições anteriores do MED, o que à 1ª vista não parece que vá acontecer muito este ano. Enfim, tudo mto soft e pouco caliente, não estivessemos nós no eterno país dos brandos costumes culturais e artísticos e onde um nome omnipotente e intocável representa este estado das coisas, tristonho e fechado: Carlos Seixas!   Não, este ano não vai haver fogo em Loulé, aviso à navegação para levarem agasalhos pois vai estar um frio de rachar!!

  6. Caro Tchongololo,

    Obrigado pelo seu comentário, mas permita dizer-lhe que não pode julgar a qualidade de um festival pelo número de artistas que já vieram cá a anteriores festivais. É certo que este ano há mais do que dois artistas que já foram anteriormente ao FMM. Casos de Justin Adams & Juldeh Camara, Rokia Traoré, Moriarty, Siba e a Fuloresta, Amadou & Mariam (no ano passado). Mas um ou outro artista que vai ao FMM, também já tinha ido inicialmente a outros festivais como por exemplo o Sons em Trânsito de Aveiro. Casos do Kimmo Pohjonen, Faiz Ali Faiz, Debashish Bhatacharya.

    É certo que o Med este ano alargou talvez em demasia o conceito de música mediterrânica. É verdade que talvez me agradasse mais ver projectos oriundos da bacia mediterrânica como Massilia Sound System (que a organização já tentou por duas vezes trazer), Mossou T Lei Jovents, Watcha Clan, Elefteria Arvanitaki, Mara Aranda, Gossos, La Pegantina, Salamat, Mahmoud Fadl, Anouar Brahem, etc etc etc do que alguns nomes que estão em cartaz este ano. Mas compreendo que um festival desta natureza não possa estar apegado a este conceito do Mediterrâneo sob pena de perder imensos bons concertos de artistas de outras zonas geográficas. Outra coisa é certa, não podemos «matar» um artista só porque já veio a um dos festivais.

    Quem programa o Med sabe que não pode viver da exclusividade, porque tem de vender espectáculos (no Mestiço, no FMM, no sons do Atlântico, no Sudoeste, no Delta Tejo, Cool Jazz). Se reparar bem, muitos dos nomes que se estrearam em Portugal no Med ou no Sons em Trânsito (Macaco, Ojos de Brujo, Concha Buika, Vinicio Capossela, Babylon Circus) foram posteriormente a muitos outros festivais. E alguém disse que esses festivais andavam a reboque do Sons em Trânsito ou do Med?

    Apesar dos nomes já referidos, há ainda outras boas coisas para ver este ano no Med em estreia absoluta – DJ Click e o projecto Notte Della Taranta com Stewart Copeland com música tradicional italiana (tarantella) e grega (rembetika) – para além de várias agradáveis surpresas portuguesas e não só nos palcos secundários (sobretudo no castelo).

    Por isso não percebo como pode afirmar que «este ano não vai haver fogo em Loulé, aviso à navegação para levarem agasalhos pois vai estar um frio de rachar!!».

    Como também não percebo como pode atacar o programador do FMM: «tudo mto soft e pouco caliente, não estivessemos nós no eterno país dos brandos costumes culturais e artísticos e onde um nome omnipotente e intocável representa este estado das coisas, tristonho e fechado: Carlos Seixas»

    Uma pessoa que ao longo destes 10 anos tem demonstrado grande espírito de iniciativa e coragem, ao arriscar a trazer pela primeira vez ao nosso país projectos inovadores, irreverentes, alguns deles de difícil digestão perante audiências de milhares de espectadores no castelo (ou na Av. da Praia). É esse aspecto e muitos outros (como a preocupação com todos os detalhes, do bem receber artistas e jornalistas ao cuidado extremo com a qualidade do recinto) que faz do FMM aquilo que ele é actualmente. Um festival único em Portugal e na Europa que deixa marcas em todos os músicos que por lá passam.

  7. olá tchongololo, o teu nome fez-me lembrar o som das carrinhas mercedes-benz a chegarem ao chobe national park, com turistas curiosos e vermelhões do sol. a queixarem-se do pó e dos mosquitos, das instalações e da comida. afinal de tudo e de nada, querendo o norte no sul, o universo na terra, argumentando por cima das suas cabecinhas esclarecidas e detentoras do certo. curiosamente andavam por estas paragens e por outras, envolvidos nas aventuras que lhes proporcionava o comboio expresso de teu nome. que também pode ser entendido como mil-patas ou piolho de cobra! sem ofensa claro! abraço.

  8. Já agora, enquanto não chega a nova entrada do Med, deixo-vos o cartaz completo dos dois palcos principais (Matriz e Cerca):

    Dia 24
    Rabih Abou Khalil + Ricardo Ribeiro («em português»)
    Moriarty
    Bajofondo

    Dia 25
    Eneida Marta
    Ojos de Brujo
    Horace Andy and Dub Asante

    Dia 26
    Donna Maria
    Orquestra Buena Vista Social Club
    Pitingo
    DJ Click Live

    Dia 27
    Siba e a Fuloresta
    Camané
    Lura
    Justin Adams and Juldeh Camara

    Dia 28
    Kimmo Pohjonen Uniko
    La Notte Della Taranta e Stewart Copeland
    Rokia Traoré

  9. Luis, obrigada pela informação e pelo cartaz. Tinha quase a certeza que La Mecha não podería estar presente, com imensa pena de minha parte.
    Que tenham um bom fim de semana, pelo menos tanto quanto vai ser o meu 🙂

  10. Olá Luis e resto do pessoal.
    Quanto ao não presença de Mercedes Sosa, não me espanta. Admirava-me se a sra viesse. Claro, que gostava, gostava e muito, mas já contava que tal acontecesses.
    Quanto ao Programa da Festa. Tudo bem, não temos grandes nomes nem grandes revelações (que é isso realmente) mas de certeza vai ser um grande Festival como sempre. Da leitura do Tchongolo, depreendo, que se não for ao FMMS, já não posso voltar a ver os mesmos grupos e quando se repetem nomes, andamos todos a reboque uns dos outros. Pois não acho, vi Bajofondo, por exemplo e vou voltar a vê-los. Nunca vi (eu e muitos outros) Justin Adams and Juldeh Camara, vou ver, nunca vi Siba e Fuloresta, Ojos de Brujo, Eneida Marta, Lura, Rokia….
    Claro que se fosse eu que organizasse o festival teria Kroke, que já veio não sei onde, ou Ivo Papasov, Adriana Varela, que nunca veio a Portugal, Chango Spaciuk (que tambem já cá esteve), Luna Monti y Juan Quintero (vou mas é organizar um festival argentino, com churrasco e mate à mistura), Sisters of Solomon ou Yoel ben-Simhon & sultana ensemble, e os No Blues. Tambem gostava de ter cá Haydamaky ou Markscheider Kunst e em vez da Elefteria, que o Luis quer, eu queria mas é Haris Alexiou. E mais, muito mais. Mas nunca, nunca estaremos de acordo com o elenco. Cada um organiza segundo o seu gosto, e possibilidades (disponibilidades dos artistas e dinheiro) por isso será sempre impossivel ter um festival a gosto de todos. Eu gosto do Med, pelo espaço, pelos artistas, por estar perto… Gosto de Sines pelos artistas (às vezes) mas raramente vou, porque é longe e está muita gente. Problema meu!!! Por isso o Med até pode ser uma filial de Sines, quero lá saber.

    Beijinhos e bom trabalho Carlos Seixas (se tiveres com falta de artistas eu tenho “sugerencias”) 🙂

    1. É isso Amália, tanto o Med como o FMM serão únicos sobretudo pelos espaços. O med por haver cinco palcos muito próximos uns dos outros, com muita a coisa a acontecer ao mesmo tempo em ruas muito estreitas. O FMM pela magia do castelo, pelos concertos fora de horas à beira-mar.

      beijinhos

  11. Amália
    Ainda bem que há alguém que dá dicas para os não entendidos, no que vale a pena apostar para ouvir neste verão . Quando organizares o tal festival argentino me dizes, eu levo o mate (tenho uma boa colecção deles na minha casa) e faço o churrasco (que por acaso me sai muito bom). Do Chango não te podes queixar porque não só voltou a Cosquín este ano, depois de longa ausência, como também lançou um novo cd (que não ouvi, se calhar tu já tens :-). Na verdade merecias que te pagassem uma passagem para aregentina, não conheço ninguém por estas bandas com tanta paixão pela minha terra, a não ser eu própria

  12. Viva Luís, acabei de reparar que corrigiu uma parte da sua resposta ao meu comentário, pois eu, de facto não tinha elogiado o Carlos Seixas, como vc por lapso entendeu e aliás ele já respondeu! Pois é, agora que já conheço o programa integral do MED deste ano (para mim uma autêntica desilusão, comparando com os dois últimos anos), mais reforço a minha opinião que o MED se deveria passar a chamar FMM-2! E cá pra mim parece-me haver ali uma mãozinha do Carlos Seixas na programação: proliferação de projectos musicais insignificantes, nomes nada sonantes, de que ninguém nunca ouviu falar, redução drástica de concertos com cariz dançante e festivo e morte aos DJ’s! Mais parecem festivais de world music dos pequeninos, não estivessemos nós num país pequenininho a quase todos os níveis, festivais para as brigadas do reumático, dirigidos à 3ª idade (tou mesmo a exagerar hem !? rsrsr). Mas para quê tantos concertos, tanta dispersão este ano no MED, haverá uma competição quantitativa enfarta brutos entre os dois festivais? “Tu tens 40, pois eu vou trazer 50”! Ai Portugal Portugal, tão pequenino e com tanta ânsia por guiness books, quantidade, quantidade, quantidade, a qualidade que se lixe!! Cara Amália, não a aconselho a fazer “sugerencias” ao Carlos Seixas, pois há dois anos atrás alguém (um grande aficcionado da música popular e da world music em particular)percorreu mais de 800 km para entregar em mão algumas “sugerencias” (tudo nomes maiores e incontornáveis da world music, com lugar garantido na história da música popular) além de uma proposta para actuação como DJ, e foi tal a abertura e curiosidade do programador do FMM que sua excelência apenas se dignou a ouvir alguns minutos de um dos vários cd’s com as tais “sugerencias”, causando igualmente espanto um programador de um Festival com as dimensões do FMM não conhecer nenhum dos artistas incluídos nas ditas “sugerências”! Quem são as “cabecinhas esclarecidas e detentoras do certo”?? E para terminar Luís, em relação à sua lista de concertos desejados, conheço Watcha Clan e Masala Sound System ( não sei se serão os mesmos que Massilia Sound System, acho que não), e relação à lista da Amália conheço apenas Haydamaky, andamos em sintonias diferentes, também o universo da world music é tão vasto e interminável… Deixo então a minha lista de “sugerências”, que só por autêntico milagre ou acaso virão algum dia a Portugal (como foi o caso do Rachid Taha há 2 anos em Sines), mas que vão a qualquer país com festivais de world music a sério, da Espanha à Turquia!!: MAGNIFICO, KIRIL DZAJKOVSKI, HAREM, CHE SUDAKA, ZÉMARIA, RICARDO LEMVO Y MAKINA LOCA, FITO OLIVARES Y LA PURA SABROSURA, MALIK ADOUANE, BUSCEMI, LA SONORA DINAMITA, AHILEA, ETNIK SENTETIK, LUC LEANDRY, DICKTAM,…

  13. Caro Tchongololo,

    Como referiu, o universo das músicas do mundo / locais não tem fronteiras definidas. São inúmeros os projectos com interesse. Basta verificar que anualmente a WOMEX recebe entre 700 a 800 propostas de showcases. Com muitos desses artistas poderíamos fazer variadíssimos festivais temáticos (dança global, nórdico, experimental, «celta», africano, latino, asiático, acordeão, percussão, guitarra, etc etc etc).

    O Med é desde o início um festival de «world music» apesar de apresentar maioritariamente artistas do Mediterrâneo, sempre incluiu propostas de outras áreas geográficas (como por exemplo Tom Zé, Capercaillie da Escócia, ou Think Of One da Bélgica / Brasil). Já que fala no virus FMM instalado no Med, seria óptimo vermos este ano em Loulé Lo Còr de La Plana (de Marselha) que actuou em Sines no ano passado.

    Ambos os festivais mantêm a sua identidade, independentemente dos artistas que vão a um e a outro festival. O facto de determinados projectos virem mais do que uma vez a Portugal prende-se mais com o trabalho de quem os representa cá, da possibilidade de virem com um cachet «amigo», de já estarem na Europa ou em Espanha, de determinado grupo querer muito ir a determinado festival (e esse querer poder traduzir-se num considerável “desconto”), do que propriamente os festivais andarem a reboque uns dos outros. Se verificar bem, artistas como Tinariwen, Macaco, Fanfare Ciocarlia, Toumani Diabaté já foram a variadíssimos festivais de músicas do mundo e não só (Delta, Sudoeste, Cool Jazz, etc).

    Agora eu não percebo como pode dizer tão mal do FMM de Sines e ter dito tão bem do concerto do Rachid Taha nesse local, há dois anos atrás. Por acaso, esse até é um bom exemplo de um artista que apesar de estar pouco sóbrio em palco manifestou enorme contentamento em cima do palco pelo programador do festival. Porque terá sido?

    Também não compreendo que um evento como o Med que nos dois últimos anos era o supra sumo dos festivais deixou de ter qualquer interesse para si.

    Será que não está a analisar os festivais de uma perspectiva de experiência pessoal? será que, para si, os festivais só serão verdadeiramente bons se você tiver a oportunidade de actuar como DJ?

    Esta discussão faz-me lembrar um jogo de futebol em que os adeptos assobiam uma equipa campeã e que, apesar de estar a ganhar o jogo, não está a jogar «à Barcelona».

    abraço

  14. Olá Luís, para terminar da minha parte em relação a este tema dos festivais, começo por lhe dizer que não tenho nada contra a vinda a mais do que um festival de qualquer banda ou músico desde que não seja no ano a seguir, que haja pelo menos 2 anos de intervalo, ou que, como foi o caso dos fabulosos OOJAMI, tenham tido mto pouco público o ano passado no Al’buhera -sendo tb um festival mto mais pequeno e pouco mediático (num dia em que coincidia com o último dia do FMM) e justificou-se plenamente a nova vinda deles há dias a Mértola, até porque são uma das melhores bandas de fusão da actualidade, sendo eu um grande fan deles, ao ponto de ter preferido percorrer mtos mais kms para os ir ver a Albufeira em detrimento do último dia do FMM! Em relação a criticar o MED e o FMM por causa da minha ausência como DJ, não Luís, não tem nada a ver, até porque já não contava ir ao MED este ano, pois estive lá o ano passado e eles não costumam repetir os artistas de um ano para o outro, com a excepção da Susana Travassos este ano, que é lá de casa praticamente e tb aconteceu com a Raquel Bulha há anos atrás! E tb estaria um pouco deslocado este ano (em termos de afinidades sonoras), ao contrário do ano passado, onde tinha a companhia dos BALKAN BEAT BOX, ZUCO 103, AMADOU & MARIAM, MUCHACHITO BOMBO INFIERNO ou SARGENT GARCIA, a grande NATACHA ATLAS (foi pena os programadores do MED não terem optado pelo concerto eléctico em vez do acústico, visto a Natacha ter estado na Casa Da Música uns meses antes precisamente com o concerto acústico e sendo em Loulé praticamnte uma repetição), TINARIWEN, AKLI-D e os fantásticos YERBA BUENA no ano anterior, em que estive apenas como espectador! Não Luís, este ano não há nenhum nome que me faça fazer tão longa viagem para ir ao MED, tenho mto respeito pelo Stewart Copeland, que fez coisas mto boas com os Police e outras menos boas e que fez tb excelente música com o grande Stan Ridgeway dos Wall Of Voodoo para a banda sonora do “Rumblefish” do Coppola há mais de 20 anos atrás, mas não conheço esta nova colaboração dele. Enfim há os Buena Vista Social Club, os Bajofondo outra vez que não vi há 2 anos e talvez a festa anime com os OJOS DE BRUJO e a ROKIA (já que com o DJ CLICK e pelo que conheço dele não me pareca que vá haver o tal fogo) mas é mto pouco comparado com os tais dois últimos anos! Para terminar, que isto já vai longo, em relação a Sines não nego que era o cenário ideal (a Av. Da Praia), onde eu gostaria de fazer uma tremenda noite de world music de dança, mas devido à pouca abertura à diferença por parte do Carlos Seixas e visto eu me ter tornado uma persona non grata para ele, já perdi todas as esperanças de um dia isso acontecer! E mesmo para concluir e ainda em relação ao FMM, talvez tenha razão Luís, talvez eu tenha exagerado e sido um pouco injusto com as minhas críticas, afinal de contas foi o Carlos Seixas que trouxe cá o génio RACHID TAHA e me revelou (a mim e a todos os que não o conheciam) no mesmo ano o extraordinário MAHMOUD AHMED, sendo esses os dois concertos que eu retenho dos 3 últimos dias do FMM de 2007! No entanto Luís, continuo a achar que o Carlos Seixas continua a desperdiçar oportunidades de cá trazer os maiores artistas e músicos da world music, não surpreende, repetindo todos os anos a mesma fórmula, um rol de nomes menores e nada sonantes, tradicional em demasia, não havendo um equílibrio entre a tradição e a modernidade, entre a world music mais folclórica e a mais dançável e moderna, a verdadeiramente contemporânea! Um cenário daqueles merecia uma música mais festiva, mais dançante, a festa devia ser a palavra de ordem, e a verdadeira festa raramente acontece em Sines!

    1. Olá,

      Apesar de já cá terem vindo três vezes ainda não tive a oportunidade de ver Oojami. Preparava-me para os ver agora em Mértola (estava em Alcoutim) mas o dilúvio que se abateu sobre o interior do Alentejo nesse sábado fez-me ficar debaixo do telhado. É de facto uma pena que eles não tenham tido a oportunidade de ir nem ao Med nem ao FMM. Como é também uma pena que nem Trasglobal Underground nem Oi Va Voi que deram bons concertos no Sons do Atlântico de 2008 regressem este ano a um destes festivais.

      Concordo que o Med perdeu um pouco da identidade própria na que foi ganhando nos últimos dois / três anos, na programação dos dois palcos principais, talvez porque haja este ano menos Mediterrâneo. Mas houve de facto uma preocupação em ter artistas sonantes em cada uma das noites e isso foi conseguido. Este vai ser certamente mais um ano de invasão das estreitas ruas da cidade antiga de Loulé.

      Quanto ao Mahmoud Ahmed em Sines foi sem dúvida um grande espectáculo. Mas foi também um dos mais despidos de público no Castelo, ora porque era quarta-feira, ora porque estava uma grande humidade / chuva miudinha no recinto, ora porque a música deste etíope não é tão fácil de digerir como muitas outras que por ali passaram nos dias seguintes.

      Mas o Mahmoud Ahmed já tinha vindo um ou dois anos antes ao Sons em Trânsito no Teatro Aveirense (trazido pela mão do programador do Med) e também não tinha tido uma grande afluência de público. Ele e outros grandes artistas que passaram pelos Sons em Trânsito (Armenian Navy Band, Faiz Ali Faiz, debashish Bhattacharya, etc) praticamente despercebidos. O que quer dizer que para além da qualidade indiscutível de um músico ou projecto musical, o programador tem de tentar assegurar também a casa cheia (como é óbvio). E de facto, os últimos dois anos de Sons em Trânsito foram os mais populares (com Kepa Junkera, Jane Birkin, Gonzalez, etc) e também aqueles em que a bilheteira esteve praticamente esgotada.

      Quanto ao FMM, admito que hajam tiros ao lado em termos de certos artistas (coisa que acontece em todo o lado), mas o seu modelo privilegia vários aspectos: degustação de música de cariz experimental, tradicional, inovadora, surpreendente no Centro de Artes (de Iva Bittova a Moscow Art Trio, Lo Còr de La Plana e Moriarty). Mais degustação musical ao por-do-sol na Av da Praia (belíssimos concertos de Rachel Unthank, Norkst), música mais popular no Castelo com espectáculos que agradem não só às diferentes «tribos» que caminham para o sudoeste como também à população local. Projectos festivos na Av da Praia fora-de-horas (Toubab Krewe, Nortec Collective, Boom Pam, Alamaailman Vasarat, Konono nº 1, etc). Sinceramente, acho que os espectáculos das 4 da manhã foram uma aposta ganha no ano passado (apesar de este ano não voltarem a acontecer). Só quem não assistiu ao amanhecer com Boom Pam no último dia (e mesmo com Toubab Krewe dois dias antes) é que pode dizer que não houve música festiva e dançante.

  15. Luis
    Podes me fazer o favor de me dizer se as datas do festival de Setúbal são 3 e 4 de junho ou 3 e 4 de julho; creio que existe um erro qualquer com isto. Para tão pouco dinheiro nos bolsos (os meus)……o numero de festivais a escolha é demais.

  16. o bairro de loulé de um lado e o bairro de sines noutro?
    quem vai ganhar a marcha??
    deixem tocar a música… é bem mais simples.
    cada um com as suas razões.
    só tenho duas coisinhas a dizer. primeira, Rachid Taha fez-me lembrar as festas nas aldeias, que não tenho rigorosamente nada contra elas, pelo contrario.. em que a música não me diz nada. segunda, nunca vi malta tão civilizada e alegre num festival como no fmm, incrível ver o respeito de todos na saída dos finais de festa do castelo.
    e ainda, ainda bem que este ano não ha sessão de dj na avenida da praia… acontecimento demasiado tagarela, festivo e eufórico para quem realmente quer ouvir e dançar música.

    1. Todo o bom prato “mediterrânico” precisa de uma boa dose de azeite 🙂 Só que nem todo o azeite é saudável 🙂

      Quanto aos dj, não me importei nada de não os ter às 4h da manhã no ano passado. Aliás gostei mesmo muito de ver a essa hora muito boas coisas como Toubab Krewe. É pena que este ano o último concerto volte a ter lugar às 2h30.

      1. 🙂

        mas assim vamos todos para a caminha cedo, para no dia seguinte termos pernas para subir e descer aquela rampa curvada entre o centro de artes e a avenida

      2. ai Toubab Krewe… esse foi um dos dias em que cheguei praticamente de manhã ao campismo… se não estou em erro foram 2 dias assim.
        O resultado foi simples, no ultimo dia tive que ir dormir para o carro e não consegui ver Boom Pam… :'(

  17. Na música há uma coisa que costumo dizer… “falar menos e ouvir mais”
    Há sempre quem diga que “este ou aquele já cá vieram muitas vezes”, “aquele festival está igual ao outro”, etc…
    A minha resposta costuma ser quase sempre a mesma “shhhh… vai começar a música”.
    A Sara diz muito bem “deixem tocar a música”.

    Só tenho pena de nunca conseguir ir ao Med, ficaria com um um valente par de festivais todos os anos…
    Enfim, rumarei em direcção a Sines, sem deixar de piscar o olho a Loulé.

        1. Isso faz-se como??
          Já estava a ficar ciumenta por o Luis dizer que o teu dava côr a isto 🙂 Uma pessoa aqui a dar movimento ao blog e ….

          1. Olá Amália, poupa os ciumes para outras coisas (como por exemplo não teres ainda o disco da Gabriela Torres :))

            Só tens de te registares no site Gravatar e efectuares o upload de uma imagens de avatar (a que tens no twitter serve perfeitamente)

        2. obrigada aos dois! principalmente ao Marco, que explicou tudo bem explicadinho
          a ver se esta tarde trato do assunto 🙂

          E só tenho ciumes destas coisas. De não ter o disco não tenho, mais dia, menos noite, terei 🙂

    1. é verdade marco, não entendo como se consegue ouvir e falar ao mesmo tempo… por isso ando sempre a fugir dos conversadores.
      o med é um dos sítios mais bonitos onde se realiza um festival.. como não se pode ir a todos, este ano opto pelo de sines

      1. Por vezes é muito difícil fugir dos conversadores e do pessoal dos fumos. Estão por todo o lado 😀

        Mas complicado, complicado é ir a alguns bares lisboetas ouvir concertos acústicos. Metade da sala não está interessada nos concertos. Sinceramente, não sei porque gastam dinheiro na entrada.

        Durante o concerto da Rokia Traoré (este por sinal bem eléctrico) foi engraçado ouvir, nos momentos mais calmos, o pessoal da frente a mandar os de trás. Gostei de muito de ver a amiga Laura a desancar num grupo de gente muito barulhenta. Não foi Paula?

          1. É preciso ter coragem, mas quem aguentou saiu dali de barriga cheia com duas horas de actuação, maior proximidade com a artista. Deu até para tocar com guitarra acústica uma belíssima balada do álbum “Wanita” no segundo encore. Aspectos que os festivais, com o entra e sai do palco, não conseguem oferecer.

    2. Eu cá vou ao Med.
      E também não gosto de conversadores ao lado, mas de vez em quando gosto de fazer um comentário sobre o que estou a ver ou a ouvir 🙂 Por acaso, o MED não tem muitos conversadores, talvez nos espectaculos dos portugueses, onde está meio mundo. Ou seja, não vou ver o Camané!
      Por isso vale mais discutirmos tudo o que temos de discutir aqui, e depois estarmos caladinhos a ver os espectáculos.
      E quando gosto de um artista ou de um espectáculo, não me importo nada de o voltar a ver.

  18. Por fim ouvi o cd “cantora” da Mecha (ainda existem almas caridosas…para sorte minha). Fiquei primeiro com una certa tristeza (os que ouviram o cd compreenderão), logo que tomei um respiro dei-me conta que é mesmo assim, o cd têm o nome que devia ter, pois os verdadeiros cantores podem ficar roucos, ou até sem voz, mas vão cantar até á morte! (boa Mecha!). Destaco no cd a faixa 6, uma velha zamba.
    Em quanto a avatares e demais… eu prefiro ver a cara da gente com quem falo (por isso uma foto era bem melhor :-)… mas vivemos numa época na qual é comum esconder-se detrás de personagens fictícias, que se inventam vidas paralelas na net, que é frequente as pessoas nem olharem aos olhos quando se lhes fala, que esconder-se parece estar na ordem do dia……devo ter é muitos genes gauchos primitivos por isso a minha falta de “adaptação” a esta nova forma de estar!

  19. Ola Gaucha, ainda não tive a oportunidade de ouvir o disco. Já agora, conheces uma nova cantautora Gabriela Torres? Passei recentemente um tema numa terra pura que ainda não está disponivel em podcast e que me faz lembrar muito La Chicana.

    Quanto aos avatares, nada contra quem opte por desenhos, ilustrações, fotos de infância, etc. Compreendo que há muito boa gente que não goste de ser identificada. É como os nicknames. Apenas não tolero quando se ataca alguém sob anonimato.

    1. Olá

      Luis, tens mesmo de arranjar um espacinho “pá’gente” discutir discos.
      Estou aqui a ouvir um disco de Gabriela Torres (Circulos de Fuego). Mais tarde já cá venho botar faladura sobre a menina.

      1. Olá Amália, podes ir sempre comentando nas entradas da Terra Pura em que passo a Gabriela Torres. Por acaso ainda não publiquei a informação sobre o programa que destaco Radiokijada e passo também essa argentina. Vou ver também se abro alertas com novidades discográficas (nem que sejam somente listas de novas edições).

  20. Ola Luis
    Não sei mais dela do que está neste site, tem uma voz interessante e uma boa mistura com tango. Vou mandar a pedir as minhas filhas que estão em Buenos Aires que me comprem e enviem alguns cd. Depois posso de alguma forma fazer-te os chegar.

    http://www.gabrielatorres.com.ar/
    Então como se faz para colocar aqui uma foto? não da minha infancia pois era um bebe muito feio 🙂

    1. Olá Gaucha,

      já tenho o último álbum dela que foi distribuido em Portugal pela Harmonia Mundi. Obrigado pela gentileza.

      quanto às imagens nos avatares, o melhor mesmo é seguires o Marco:

      tens que ir a http://en.gravatar.com/site/signup/ e basicamente associar um username e email a um avatar (tens que criar conta e enviar imagem, o normal) 🙂

      Depois quando comentares aqui indicas o mesmo username e email indicado no gravatar. Não é complicado 😉

  21. Olá Luis
    Pois, eu bem diz que a minha relação com a música está “en pañales” 🙂

    em quanto ao avatar…..deixeimos isto por aqui (Se quase nem tenho tempo para lêr tanta coisa interessantes que há no site). O resto farei nas minhas tão desejadas férias de 2040!
    Bjs

    1. Olá Gaucha,

      Não há qualquer obrigatoriedade em personalizar o avatar. A maioria de quem comenta não o faz. O importante mesmo é irmos trocando ideias, conhecendo música nova. Poderes partilhar aquilo que a música do teu o país tem de bom. É um privilégio para este site ter uma argentina que escreve num português perfeito a debater a sua música com a Amália (que tem mesmo alma de gaucha). bjs

  22. Olá Luis
    Fizeste-me rir, e muito! Mas não brinques comigo, eu não escrevo bem, e ainda menos SEI de música. Prometo sim (o ano próximo que vou estar na argentina por um longo período) enviar-te alguma novidade em quanto a festivais ou música (isso sempre e quando ficar a porta das “gravadoras”, pois caso contrário chegariam os meus comentários sempre depois dos teus! bjs e bom fim-de-semana.

    1. Bom dia Amália,

      Infelizmente, não houve oportunidade de efectuar semelhante “Quizz”. Espero que te divirtas muito no Med. Não percas os Moriarty e o Justin Adams e o Juldeh Camara.

      beijinhos

  23. Oi Luis
    Falei com a Gabriela Torres e ela diz que já tem o seu ultimo cd editado em espanha e portugal (vou ver se o encontro) e que tem planejado vir a Portugal em outubro….interessante!
    Se souber mais alguma coisa logo comento.
    Bjs

  24. Olá pessoal,
    Bem também quero deixar aqui a minha impressão sobre o MED 🙂
    No dia 24 como cheguei tarde (os jantares têm destas coisas)acabámos por ver apenas os Bajafondo e adorei, conhecia mal (ou não muito bem)apenas me vinha à memória a banda sonora de Babel e descobri um grupo bastante criativo…
    No dia 25 vi a Eneida Marta que adorei, mesmo! Tem uma voz quente e tipicamente africana, quem me conhece sabe que adoro a musica africana…
    Vimos os Ojos de Brujo, que também não conhecia por aí além e mais uma vez fui apanhada de surpresa!
    Ontem só vimos a Orquestra Buena Vista Social Club que de todos são o grupo que melhor conheço e é claro que adorei também.
    Quanto ao festival em si, foi a 1ª vez que lá fui e, no que me diz respeito acho que esteve bem organizado. É claro que a cidade de Loulé não prima por haver grandes estacionamentos e, principalmente no centro mas, com os conhecimentos certos há sempre lugar. Quanto aos bilhetes pois também não me posso lamentar 🙂 De resto achei uma ambiente fantástico, imensa gente gira nas ruas e três noites espetaculares… Que venha o próximo!

    1. Obrigado pelo comentário Duda, continuas em Loulé? Hoje a noite promete ser muito melhor. É pena que a Lura não se aventure hoje pelo fado (como o fez no Tivoli), mas o espectáculo dela recomenda-se. Camané é aquilo que todos conhecem. Provavelmente, a melhor voz masculina do fado. Tanto Siba (com o seu repentismo) como Justin Adams & Juldeh Camara (com a fusão de blues do deserto e rock) também deve dar bons concertos (como aliás fizeram no FMM de 2008).

      E tu, Amália? como estás? ainda não te vi. Tenho um volume pesado em teu nome na minha mochila que me pesa nos ombos.

      1. Olá Luis,
        Já não estou em Loulé não, porque isto de se ir de Lagos para Loulé 3 noites seguidas foi cá uma dose… Mas valeu bem a pena! E agora depois do MED o que é que se segue?

  25. Olá Luis
    Depois do “fiasco” de Sexta-Feira, ontem foi cedo, muito cedo ao MED. Deixei todos na praia e foi “all alone” para poder ver a Rokia Traoré. Não queria perder por nada. Parece uma gazela como se mexe no palco ao dançar, a sua voz é doce e forte ao mesmo tempo, gostei!. Ouve gente a se mexer muito (bem) com a sua música :-). Adorei o pouco que estive no MED, pena mesmo que se tenha que ir quase ao meio da tarde para entrar.

  26. Boas !
    Luis : na ausência de um endereço de contacto nesta nova cara do CdT enviei-te um mail para o endereço que figurava no antigo site (@netvisao.pt). Se já não tiveres acesso a esse endereço, indica-me se possivel um outro endereço para comunicarmos.Um abraço

  27. Vejo que a Gaucha fez as pazes com o Med 🙂

    Luís e o teu texto sobre o Med?
    Estou a acabar o meu, para depois colar no comentario ao teu 🙂

  28. Luís e Amália: então quando essas tão prometidas opiniões sobre o MED? Tens razão fiz as passes com o MED e valeu a pena, sou teimosa e nunca desisto á primeira. Sobre tudo quando tinha tanta coisa para ouvir e ver. Pena que tive que ir embora antes do fim, já estava eu a fazer das minhas 🙂 mas ninguem deu por isso!

    1. Olá Gaucha,

      já publiquei as primeiras impressões sobre o ambiente do med. seguem-se outras impressões dos vários palcos (cerca, matriz, castelo, bica).

      É verdade, se puderes não percas o argentino Ramiro Musotto que vive desde 1984 em Salvador da Bahia no FMM de Sines.

      bjs

  29. Oi Luís
    Vou a Sines sim, até porque estarei na companhia de um amigo argentino e quero lhe mostrar a Costa Alentejana. Onde posso antes ouvir o Ramiro Mussotto? As coisas que eu vou descubrindo de música com vocês!!! obrigada mais uma vez
    Bjs

    1. Óptimo, Gaucha. Mais logo ou amanhã publico uma entrada com a última emissão da Terra Pura em que destaco o Ramiro Musotto e passo três temas do álbum mais recente, “Civilização e Barbarye”.

      bjs

  30. Luis
    Novamente eu, estive a ver o teu comentário e parece que não só eu me sentí deslocada no MED, e em certa forma incomodada pela enchente! De facto eu tinha ido com a ideia de maior “privacidade” se é que o termo se aplica a um festival. De maior exclusividade, por acreditar que a world-music não atraía assim tanta gente. Terá que se repensar o MED? Não acredito que se possam seguir incrementado ruazinhas (encantadores sem lugar á duvidas), por isso teremos que confiar que os organizadores encontrem um equilíbrio para o próximo ano.

    1. Olá,

      Penso que há muitas formas de controlar a enchente e sobre isso pretendo escrever um artigo de opinião a muito breve prazo. O público do med não vai só pela música. Mas seria bom que, uma vez que há a sensibilidade de estarem atentos às crianças, apostarem em programação para as famílias durante a parte da tarde. Apesar de Loulé, durante os dias de festival, no período da tarde parecer uma cidade espanhola (não se vê ninguém nas ruas, os cafés e bares só abrem às 7h), teria muito a ganhar se realizasse espectáculos diurnos. Claro que há sempre o problema do calor. Mas não será difícil criar zonas de sombras com panos pendurados entre os edifícios. Outro aspecto é o Med clássico. Tem de ser explorado mais a fundo, ou na igreja (não tem assim grandes condições) ou na criação de um palco recatado com cadeiras. Penso que a solução é diversificar a oferta.

  31. Boas !
    Desde 2004 que tenho acompanhado o MED e já no ano passado tinha ficado assustado com a afluência nas noites de fim de semana. Mas este ano foi ainda mais assustador na noite de Buena Vista Social Club. Já são demasiadas pessoas num espaço tão pequeno. Não acredito que Buena Vista tenha sido um espectáculo agradável para muito gente com tanta confusão e falta de espaço. Durante os primeiros 15 minutos nem podia respirar fundo sem incomodar as pesoas à minha volta..
    Estamos no verão e no Algarve, há milhares de pessoas de férias ou mesmo que estejam a trabalhar os concertos acabam às 02. Porque insistem em pôr nomes tão sonantes à sexta e sábado? É desnecessário. O festival já vale só pelo ambiente que se vive naqueles 5 dias e em 5 anos nunca ouvi ninguém dizer que não voltava. Quem vai uma vez adora e se puder volta no ano seguinte.
    Tanto na quarta como na quinta feira o recinto encheu. Na sexta e no sábado os bilhetes esgotaram ainda nem eram 22h.
    Segundo o site do festival participaram 1200 pessoas na organização do festival. Porque não estender o festival para 7 dias e rentabilizar um pouco mais todo o trabalho da organização?
    A malta que vai para ver concertos agradece e quem está a trabalhar também!

    1. Bom dia Ricardo, há de facto muitas formas de dar a volta às enchentes sem que o festival se descaracterize. E, de facto, pode muito bem passar pelo extensão das datas e por colocarem os nomes mais sonantes a meio da semana. O WOMAD de Cáceres é um exemplo desse problema de excesso de gente. Só que aqui estamos a falar de cerca de 60 mil pessoas na Plaza Mayor. Quando levaram o festival para a entrada da cidade perdeu toda a graça que tinha. O regresso à zona medieval só foi possível com a programação principal a decorrer entre quarta e quinta-feira.

      No Med há também a possibilidade de optimizarem mais os palcos secundários com uma programação mais coerente. Isto é dirigido para determinados públicos: adeptos da folk, da música clássica, animação para crianças, etc. Seria óptimo se as actividades começassem um pouco mais cedo (cinco / seis da tarde).

      Tiraste boas fotos da NOtte della taranta?

      abraço

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.

pt_PTPortuguese
pt_PTPortuguese

Send this to a friend