Concertos

INTERCÉLTICO DO PORTO | os ‘celtas’ estão a chegar

Depois de um ano 2006 reduzido às Noites Intercélticas de Arcos de Valdevez, o mais antigo festival folk em actividade no nosso país sobrevive a todas as intempéries: ao estado delicado de saúde do organizador, à política (anti)-cultural do Município, à escassez de salas na cidade do Porto para albergar um evento desta natureza (que saudades todos temos do espaço e do espírito do Cinema do Terço).

O 16º Intercéltico do Porto realiza-se no renovado Cinema Batalha entre os dias 27 e 28 de Abril. Dois dias de celebração folk (e não três como sempre aconteceu) que, esperemos, não sejam o canto do cisne.

A abrir a primeira noite do Batalha teremos os Lúmen, jovem banda do Porto que descende dos ROLDANA FOLK e que é um dos mais bem sucedidos projectos a escrever temas originais fortemente influenciados pela ‘folk’ das ilhas britânicas e do norte de Espanha. Segue-se o quinteto irlandês TÉADA oriundo de Sligo (a localidade dos bem conhecidos DERVISH) que lançou recentemente o seu terceiro disco “Inné Amárach” (Yesterday Tomorrow”). Trabalho que, além de incluir alguns ‘jigs’ e ‘reels’ já interpretados por gente como BOTHY BAND, MATT MOLLOY e PLANXTY, revela um projecto tecnicamente exemplar no domínio da habitual mudança de velocidades num ‘set’ dançável, elevando o projecto do violinista OISIN MAC DIARMADA ao mais elevado patamar da ‘folk’ irlandesa.

Sábado, há mais ‘folk’ made in cidade do Porto a abrir o Intercéltico. Menos ‘celtas’, mais europeus continentais (e, sobretudo, de leste), os MU de HUGO OSGA estão tocar cada vez melhor, com mais “swing” (o contrabaixo da SARA está mais incisivo) e mais ‘drone’ (a entrada de SÉRGIO CALISTO foi uma bênção para o projecto). O festival termina na Galiza com PEPE VAAMONDE GRUPO. Uma incógnita para muitos adeptos destas andanças. Diz o “press-release” da Discantus que o projecto “nasceu em 2001 e desde aí tem vindo a distinguir-se pela sua originalidade, distanciando-se da maior parte dos grupos folks galegos da actualidade pelo facto de apresentar uma leitura muito própria das tradições musicais galegas e pela força que este colectivo é capaz de imprimir às suas actuações em directo. A gaita de Pepe, o acordeão de Nacho, a guitarra de Pipo, o baixo de Xesús e as percussões de Andrés combinam-se duma forma genial, formando um todo harmónico de grande força musical que surpreende e contagia.”

Depois dos espectáculos do Teatro Batalha há BAILEBURDIA no Folk Club (Café Concerto), a partir da meia-noite.

À semelhança dos últimos anos, esta edição inclui também a extensão de Arcos de Valdevez (Casa das Artes), com a BRIGADA VICTOR JARA (a 27 de Abril) e os TÉADA (no dia seguinte).

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17 Comments

  1. Aleluia!

    Também recebi o e-mail e o meu coraçãozinho «mouro» rejubilou com o regresso dos «celtas» ao Porto! E ainda mais saudades do que do Cinema do Terço tenho eu das jams no Castelinho de Sta. Catarina: as Varttina a cantar nas árvores, as nossas amigas galegas a misturar queimadas no caldeirão e gaitas e pandeiretas e bouzoukis e violinos por todo o lado… Nos últimos anos as jams não têm acontecido mas bem que podiam voltar a acontecer (no Contagiarte?)… Venha o Intercéltico do Porto!

  2. Olá António,

    É pena que as celebrações sejam só durante dois dias. Mas, como esperamos não ter por lá aqueles bretões chatos das guitarras eléctricas, até nem parece mal. Qualquer local é bom para uma jam. Ainda me lembro de uma dos Dervish num bar da Ribeira (não sei qual era) até ás 6h ou 7h da manhã. Foi aí que fiquei a amá-los. Amor esse que se desvaneceu na última ida deles ao Porto (desamor esse confirmado o ano passado em Coimbra).

  3. e porque não na caverna do castelo de sta catarina?? não é assim tão longe da praça da Batalha e a malta pode continuar a albergar-se por lá!

  4. Pedro (olá!), era mesmo do Castelinho de Sta. Catarina que eu estava a falar :-). O problema é que os hóspedes «normais» podem não achar muita graça às gaitadas! Quando o Castelo estava todo «ocupado», ou quase, pelo povo do festival (músicos, jornalistas, etc…) era diferente. Entretanto, gostava de saber (MP e Major), qual foi a parte das aspas nas palavras celtas e mouros que não perceberam, sff…

  5. Lá estão o malandros do costume a negar que somos celtas!
    Se não fôssemos, não tínhamos os saiotes de Miranda (também conhecidos por saiotes do Pe. Mourinho…), nem se cantavam as famosas “saias” alentejanas…

    Vou já fazer uma tese com estas ideias brilhantes!

  6. Boas!

    Estes fóruns mais parecem a aldeia do Asterix! Sempre à porrada ao puto do bardo que têm a mania que é Celta! deixem-se das celtissssssses, interceltissssssses e mais essas issssssess… e venham até cá ao Porto ouvir música e tocar na noite folk que antecede o intercéltico!!!

    Abraço a todos!

    Ricardo

  7. Olá Ricardo, este pessoal das gaitas de Lisboa gosta de brincar com estas coisas. Mas o que é que vai acontecer na noite de 26? BHaileburdia? Banda às Riscas? Banda às pintas :D?

  8. sabem qual a diferença entre um celta e uma celta?
    Levantam-se as “saias”: se tiver gaita de foles é celta; se tiver gaita de beiços, é celta…

  9. ola celtas.
    nos ja temos no pelo,15 festivais intercelticos do porto,8 intercelticos de cendim,3 celtos folk de madrid espanha,2 celtas folk de montemor,2 folk de navelgas asturias espanha, 2 de gijao espanha,3 celtas de arcos, e só, nen mais um festival sem gaitas…para todos os (celtas curtos ou compridos) um abraço e vao mas é ao festival.
    manuel barbosa
    mbaudiosystems@mail.pt
    som & iluminaçao

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