ALTAN
Que melhor banda poderia escolher a organiza��o para fechar com chave de ouro mais uma edi��o do Interc�ltico sen�o, provavelmente, o melhor colectivo irland�s da nova gera��o (apesar de estes j� contarem com cerca de 20 anos de estrada)? Embora os mais recentes registos discogr�ficos j� n�o tenham a frescura e o efeito surpresa daqueles de h� dez / quinze anos atr�s (como por exemplo �Red Crow� ou �Island Angel�), os Altan, perante a plateia e tribuna do Coliseu praticamente cheios, cedo come�aram a desferir golpes certeiros com sets de �jigs� e �reels�, causando a rendi��o imediata do p�blico que nem sequer regateou aplausos euf�ricos de p�, logo no segundo embate, num Interc�ltico que at� aqui ainda n�o tinha fervido verdadeiramente de emo��o como em outros anos. A arma secreta dos Altan reside no toque certeiro, �gil e contagiante do acordeonista �voador�, Dermot Byrne, mais r�pido do que a sua pr�pria sombra, em infernal despique com os violinos inflamados de Mairead, a mentora e vocalista do colectivo de Donegal, e Ciarian Tourish. Raz�o tinham os antigos crist�os noruegueses em queimar tal instrumento por o considerar obra do dem�nio. Para por �gua na fervura, Mair�ad alterna as dan�as demon�acas com baladas onde o seu registo vocal parece j� n�o ser o mesmo de h� uns anos atr�s (ou pelo menos aquele que escutamos nos discos), no entanto � suficiente para nos transmitir a ideia de para�so na terra, depois de experimentarmos o Inferno. Brilhante.