Depois de ter participado no Transblues da Guarda, versão de 2009, o camaronês Roland Tchakouté regressa esta semana ao nosso país para efectuar três espectáculos: dia 25 em São João da Madeira, (auditório de São João da Madeira, 21h45), dia 26 em Sintra (Centro Cultural Olga Cadaval, 22h) e dia 27 em Sesimbra (Cine Teatro João Mota, 22h).
Roland Tchakounté é a prova viva de que o Blues não conhece fronteiras. Nascido nos Camarões, longe dos campos de algodão que refinaram o estilo dos seus ancestrais, começou a sua aprendizagem musical pela percussão e pela guitarra. De seguida, dedicou-se ao piano a à harmónica. Roland Tchakounté conseguiu criar uma síntese perfeita entre as suas raízes Africanas e o Blues, interpretando com singularidade um repertório de grande qualidade.
O seu álbum Waka, lançado em Fevereiro de 2008, ficou marcado por um concerto (esgotado) no New Morning, em Paris. Desde então, viajou pelo mundo e marcou presença na Bélgica, Canadá, Indonésia, Vietname, Malásia, Lituânia, Croácia, África (Burkina Faso, Mali), mas também em Cognac, Vaison la Romaine e outras cidades francesas. Roland Tchakounté descreve a sua música como “selvagem melodia”, utilizada para abordar sentimentos, muitas vezes tristes ou felizes, mas também para expressar o estado de abandono em que mergulhou o continente Africano. Ele não esconde a sua admiração por artistas como Sun House, Robert Johnson, Edmore James, Muddy Waters, John Lee Hooker e Ali Farka Touré, que respeita como seus verdadeiros mestres. Utópico assumido, o seu desejo é o de tornar a espécie humana numa única grande família, sem distinções de raça ou cor.
site do CC Olga Cadaval