Francisco Ribeiro, fundador dos Madredeus morreu hoje vítima de cancro de fígado. Tinha 45 anos. O funeral realiza-se esta quinta-feira no Cemitério dos Olivais.
Violincelista, compositor e cantor, Francisco Ribeiro participou na criação e gravação dos primeiros discos dos Madredeus: “Os Dias da Madredeus”, “Existir” , “O Espírito da Paz” e “Ainda” .
Em 1997, deixou o projecto de Pedro Ayres Magalhães para rumar a Inglaterra, localidade de Bath (conhecida por albergar os estúdios da editora Real World de Peter Gabriel) onde se licenciou em composição, aperfeiçoou estudos em violoncelo e integrou a Stroud Symphony Orchestra e a Gloucester Symphony Orchestra.
Em 2006 regressou ao nosso país, altura em que começou a trabalhar no seu projecto pessoal Desiderata, através do qual viria a editar três anos mais tarde (seguramente) um dos melhores discos de música portuguesa do Século XXI: “Desiderata: A Junção do Bem”.
Neste álbum, Francisco Ribeiro gravou com a Orquestra Nacional do Porto dirigida pelo maestro britânico Mark Stephenson e convocou a guitarra mágica de José Peixoto (também ele ex-Madredeus) e várias vozes nacionais e internacionais como Filipa Pais, Natália Casanova, José Perdigão e a inuit canadiana Tanya Tagaq Gillis.