N�o sei onde � que eles foram arranjar o nome. Mas na capa do disco de estreia deste colectivo lisboeta, pode ler-se que Dazkarieh � “uma palavra m�gica de origem praticamente desconhecida. Talvez signifique o arrebatar de energias que se d� quando v�rios mundos, ess�ncias e influ�ncias se tocam, capaz de nos fazer fluir por entre momentos intimistas e outros de grande expansividade”. Palavras certeiras que funcionam como um adequado “Mission Statement” da banda. Quem os viu a semana passada ao vivo no antigo Cine Plaza da Amadora e quem escuta o seu disco de estreia, � levado pelo ar, por v�rios universos, como se tivesse sido arrebatado por um furac�o que passa repentinamente pelo Mediterr�neo, pela Europa de Leste e por �frica. A m�sica dos Dazkarieh sente o pulsar do universo. � ap�trida e intemporal. Vagueia por todo o lado, por v�rias �pocas, n�o se fixa em lado nenhum. � um encanto e um arrebatamento de contradi��es. Assenta na comunh�o entre a veia tribal de Filipe Neves, comandante de uma “orquestra” de percuss�es africanas e a criatividade e a delicadeza harm�nica Vasco Ribeiro Casais, em bouzouki, flauta e gaitas. Louve-se o risco e a ambi��o de criar a m�sica de raiz pelas pr�prias m�os, sem qualquer repert�rio de recolha, louve-se a ousadia de nada ecoar a portugalidade (apesar de Vasco prometer explorar as nossas tradi��es no pr�ximo �lbum que est�o neste momento a preparar). Mas nem tudo o que luz � ouro. Por vezes, os confrontos entre o tribalismo negro e o “classicismo” da folk europeia ao servi�o das antigas casas de dan�a, � inevit�vel. N�o tanto em disco. Mas mais vis�vel ao vivo. Isso desculpa-se, se atendermos ao facto de os Dazkarieh apresentarem na passada semana sete novos elementos (de onde se destaca o fulgor � irlandesa do violino de Maria Gon�alves), restando apenas os dois elementos e principais mentores do projecto, j� referidos. No final do espect�culo houve quem os congratulasse por se parecerem com os Dead Can Dance. Tamb�m, mas essa faceta � apenas uma pequena por��o do puzzle sonoro que os Dazkarieh apresentam. H� vozes femininas on�ricas, que nos levam a deitarmo-nos nas nuvens e a contemplar a terra (qual Lisa Gerrard em Cly). Mas a liga��o ao solo, quer atrav�s de um certo xamanismo, quer atrav�s do poder do tambor e da fantasia medieval-celto-mediterr�nica (um pouco ao estilo de Ghalia Benali), �vida de tecnologia para ser o ingrediente perfeito numa pista de dan�a trance / house, provoca-nos estados de esp�rito bem mais turbulentos. Um projecto com uma grande margem de progress�o que precisa apenas de tornar um pouco mais consistente o seu espectro sonoro, balizando um pouco melhor o raio de inspira��o.
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AS SETE VIDAS DOS DAZKARIEH
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espectacular
Gande som!!!
COntinuem!!!
espero k deeem hj 1 bom concerto em Tomar!!
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