Festivais

Festival de Músicas Sagradas de Évora, de 3 a 6 de Julho

O Palácio do Cadaval recebe entre os dias 3 e 6 de Julho o renomeado Festival de Músicas Sagradas de Évora (outrora Festival de Música Clássica de Évora), que tem como principal missão «preservar a diversidade cultural e contribuir ao diálogo das diferentes culturas».

Como a presidente do festival, Duquesa de Cadaval explica, «num mundo complexo e globalizado que enfrenta graves problemas económicos, políticos e ambientais, o festival de Évora pretende mostrar uma parte da beleza que resta deste mundo. Acreditamos que é na diferença cultural entre as pessoas e as comunidades que reside uma das mais ricas heranças da humanidade e que faz sentido mostrar a beleza numa cidade que foi declarada Património Mundial pela UNESCO.

Optámos principalmente pelos Patrimónios musicais e coreográficos do Oriente, Ásia e África, porque mostram, na sua espiritualidade e na sua proximidade com o meio ambiente, uma força espontânea das artes populares e eruditas, do sagrado e do profano.

Desta forma tentamos apresentar alguns dos maiores artistas destas grandes tradições do mundo e manter vivo este festival.

Nos últimos sete anos o Festival de Músicas Sagradas de Évora tenta apresentar ao mais alto nível a beleza da musica e da cultura tradicional e sagrada da Ásia, da Índia, do Meio Oriente e do Mediterrâneo.

Através desta experiencia ficámos a perceber que a música e a dança tradicionais estão relacionadas com uma visão sagrada e valores espirituais, na celebração do sagrado, neste querer alcançar Deus e a plenitude e transcendência do sagrado através das artes do movimento e do som.

A dança é também uma maneira para o homem aproximar esses mistérios do sagrado.

Este ano decidimos valorizar esta aproximação tornando o festival dedicado às Artes Sagradas e mudando o nosso nome para responder a essa finalidade. O novo Festival de Músicas Sagradas de Évora mostrará expressões de artes e danças tradicionais.

Dentro deste ambiente histórico poderão ver-se expressões de dança e música das mais relevantes do sufismo, à liturgia cristã, do hinduísmo ao budismo entre muitos mais. Os nossos esforços vão no sentido de proteger e mostrar este Património da Humanidade.»

Programa:

3 de Julho 2012
22h00 – Palacio Cadaval

Abir Nehme
Canções aramaicas, siríacas e bizantinas
Líbano

Abir Nehme incorpora as emoções antigas dos cânticos siríacos e a diversidade das tradições cristãs orientais, árabe e aramaico, herança gregoriana e ortodoxa.

Abir Nehme destaca-se na arte de cantar o repertório religioso de origem Maronita, Bizantino ou Sírio. Sóbria e comovente, impulsionada por uma fé pessoal, Abir Nehme revive as raízes dessas melodias antigas e de meditação, no alvorecer de uma nova espiritualidade de origem do canto litúrgico.

Animada pela memória extremamente viva de um Médio Oriente bíblico, a sua música combina o passado e o presente e desenha uma liturgia sagrada e contemplativa.

Alimentada também por um conhecimento musicológico aprofundado, ela está sempre à procura de descobrir as riquezas das tradições do mundo, sempre permanecendo aberta para a música contemporânea.

Ela é conhecida pela sua capacidade de cantar um repertório árabe clássico ou abordar um repertório mais variado como o dos irmãos Rahbani ou de um género de jazz oriental.

Sua voz clara, limpa e livre, voa graciosamente sobre as vozes mais graves de um coro bizantino que pertencem à igreja siríaca de Antioquia, ancorada num dreno linear, deixando as nossas mentes vaguearem ao topo dos picos dos nossos pensamentos.

Abir Nehme já viajou pelo mundo, suas catedrais e seus festivais, da Ópera do Cairo, à Abadia de Royaumont.

http://www.abeernehme.com/

 

4 de Julho 2012
22h00 – Palacio Cadaval

Homayoun Sakhi
A Arte Do Rubãb
Afeganistão
Em colaboração com a Aga Khan Music Initiative, um programa da Fundação Aga Khan Trust for Culture.

Infelizmente hoje relevante, objeto da geopolítica cobiçada, o Afeganistão, entre o Oriente e a Ásia, é uma das últimas terras livres, onde ainda há um certo sentimento de cavalheirismo através dos senhores das montanhas.

As canções folclóricas e a poesia mística do Afeganistão possuem uma rica paleta musical, uma harmonia de cores sonoras onde intercetam as tradições “pashtuns, tadjiques, baloutches ou hazaras”. Os sons incisivos, metálicos e mercuriais do alaúde rubâb com três cordas melódicas e vinte cordas simpáticas, evocam um país em que o universo montanhoso desses povos, da inspiração mística, ao orgulho guerreiro, mistura-se com os primeiros refinamentos das cortes da Índia.

O rubâb está realmente na origem do alaúde sarod que nós encontraremos na música clássica do Norte da Índia no século XIX.

Este instrumento está hoje intimamente ligado à personalidade de Homayoun Sakhi, que através do mundo, dá uma verdadeira notoriedade ao alaúde afegão.

Graças à iniciativa da Fundação Aga Khan Trust for Culture e de Soudabeh Kia, grande especialista nesta área do mundo, prestaremos homenagem a este país.

http://www.akdn.org/aktc_music_homayun.asp

 

5 de Julho 2012
22h00 – Palacio Cadaval
Noite de solidariedade com Moçambique

Ana Moura
Fado
Portugal
As datas, os dias, os números, os factos: se ao menos pudessem explicar o que faz Ana Moura. O que nos faz Ana Moura. Mas para o que nos interessa, e que é esse mistério, o que aconteceu na carreira de Ana é apenas a parte palpável dessa arte do indizível que a fadista domina como poucos. Essa força, esse sentimento que não tem mapa nem estradas e que para facilitar chamamos alma. É isso e só isso que faz de Ana quem ela é; é isso que a sua voz devolve, embrulhando as palavras dos poetas.

Mas limite-mo-nos por agora ao que é factual, o rasto visível da vida e alma de Ana Moura.

As mães, na sua sabedoria do coração, nunca se enganam. E quando Fernanda Pereira ouvia a sua filha cantar repertório vário desde tenra idade sempre lhe dizia: «É no fado que a tua voz se nota mais.». Não era só a voz, mas isso só mais tarde se descobriria. Para a pequena Ana Moura, crescer no meio de uma família com amor pelas canções e pelo fado em particular ajudou secreta e docemente à sua vocação. Em Coruche, onde viveu até à adolescência, a voz de Ana já se tornava conhecida. As suas paixões musicais estavam, como é natural, longe do fado: o rock e o pop eram mais próximos da urgência de viver característicos desses anos de descoberta, e Ana não era excepção.

Nunca iremos saber se se perdeu uma carismática vocalista pop; mas o que se ganhou é demasiado precioso para se ignorar. Depois de um ritual iniciático, em que Ana foi convidada por guitarristas para cantar em várias casas de fado, Maria da Fé ouve-a e contrata-a para o Sr.Vinho. Foi o princípio de tudo.

Para quem quer viver o fado, a casa onde se canta transforma-se em escola. Foi o que aconteceu com Ana Moura nos anos em que cantou na casa de Maria da Fé. Mas o destino sabe escolher quem o procura: e foi no Sr.Vinho que Ana encontrou o cúmplice musical – o cantor, autor, produtor e compositor Jorge Fernando. Fadista de coração, Jorge Fernando, conviveu com os grandes – foi durante anos viola de Amália Rodrigues. Compositor e escritor de canções excelente, Fernando é também um produtor de visão e sensibilidade extraordinária. E desta união musical nasce o primeiro passo para uma grande carreira: o disco Guarda-me a vida na mão (2003) apanhou público e crítica de surpresa. Sou do fado, sou fadista, um dos temas do álbum, tornou-se um clássico instantâneo. Há muito que não se ouvia uma voz assim, tão cheia, tanto nas palavras como nos silêncios. A crítica enalteceu o disco e Ana Moura começou a ser chamada para actuações no estrangeiro, onde o seu talento era ainda mais reconhecido. E o melhor ainda estava por vir.

O ano seguinte foi mais um degrau conquistado na carreira de Ana Moura. O novo disco era ambicioso: Aconteceu (2004) era uma aventura conceptual, um duplo cd que se dividia em fado tradicional («Dentro de casa») e caminhos possíveis para fora e à volta do fado («À porta do fado»). Para reforçar esta nova abordagem foram convidados letristas e músicos de outros universos musicais, como Tózé Brito, Tiago Bettencourt ou Miguel Guedes (Blind Zero).

E de facto, a partir deste disco, aconteceu: as fronteiras começaram a desaparecer para Ana Moura, que cada vez mais era reconhecida no estrangeiro. O seu sucesso nos Países Baixos levou a que fosse nomeada para um Edison, o equivalente a um Grammy holandês para a world music ; e para consagração total, a história recordará que a primeira artista portuguesa a pisar o palco do Carnegie Hall de Nova Iorque (uma das mais famosas salas do mundo) foi uma jovem tímida chamada Ana Moura.

Só que o mundo queria mais e começava a ser pequeno para a alma de Ana. Vai a Cannes, durante o Festival de cinema. Canta no Getty Museum. Esgota salas famosas por todo o globo. E, durante esses dias, no longínquo Japão, um músico compra uma série de discos de fado. Coloca um deles no leitor de cd e poucos minutos depois pára de escutar, boquiaberto: tinha encontrado a voz que há muito procurava. Esse homem era Tim Ries, saxofonista residente dos Rolling Stones e mentor de um projecto paralelo: o The Rolling Stones Project, onde junta grandes vozes do planeta para cantar versões pessoais de temas dos Stones. Ao ouvir os primeiros minutos de Aconteceu, Ries não hesitou um segundo e convidou Ana para participar no projecto.

Escolheram-se dois temas, adaptados por Jorge Fernando e pelo guitarrista Custódio Castelo. Faltava que a mítica banda conhecesse a fadista. Aconteceu em Lisboa, na véspera do concerto dos Stones no estádio Alvalade XXI. Na Casa de Linhares, a casa de fados onde Ana costumava cantar, Mick Jagger, Keith Richards e companhia ficam deslumbrados pelo concentrado de alma que sai da voz de Ana. Jagger, depois da actuação da fadista pede-lhe uma palavra em particular. E foi assim que no dia seguinte cerca de 40 mil pessoas renderam-se à versão de No Expectations cantada no mais inesperado dueto: Mick Jagger e Ana Moura, num momento em que a artista considera ter sido dos mais inesquecíveis que até agora viveu.

Com uma agenda mais do que preenchida, só em finais de 2006 começa a preparação do disco que finalmente iria chegar ao coração dos portugueses, num reconhecimento um pouco tardio mas mais do que justo: Para Além da Saudade (2007) é a maturidade de uma fadista, a segurança no estúdio e a vitória de um conceito. Regressando a uma sonoridade em que apenas conta o essencial (baixo, viola de fado, guitarra portuguesa), Para Além da Saudade abre a porta ao novo que vem da herança. É o caso das novas parcerias, em que se incluem Amélia Muge (Fado da Procura), Fausto (Viemos Nascidos do Mar) ou Nuno Miguel Guedes (Mapa do Coração). Como colaboradores musicais, este disco conta também com o mítico Patxi Andion e Tim Ries, que aqui «retribui» a participação de Ana no seu projecto. E sobretudo é em Para Além da Saudade que Ana Moura ganha o seu primeiro grande fado emblemático: Os Búzios, da autoria de Jorge Fernando, torna-se tema mais do que obrigatório em todos os concertos e cantado em uníssono com a plateia.

Para Além da Saudade obtém o Disco de Platina. Fora de Portugal, Ana Moura é cada vez mais requisitada e para além de grandes digressões na Europa conquista o México e os Estados Unidos. Mas o seu mérito também é reconhecido dentro de portas, com a atribuição em 2007 do Prémio Amália para Melhor Intérprete do ano, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.

Dito isto, Ana estava pronta para outro grande desafio: os Coliseus de Lisboa e Porto, que aconteceram em 2008. Duas noites mágicas, captadas num DVD que também conquistou a Platina. Com duas convidadas lendárias – Maria da Fé e Beatriz da Conceição – e com a cumplicidade em palco de Jorge Fernando, Ana Moura enche uma sala que é raro o fado encher. Outra vez: enche a sala de alma. E entretanto Para Além da Saudade chega à Tripla Platina e fica cerca de 120 semanas no top nacional.

Mais viagens, mais espectáculos, mais reconhecimentos. Como este: o Prémio Internacional da PALCUS (Portuguese American Leadership Council Association), a maior associação Portuguesa nos Estados Unidos, e atrbuído durante uma Gala realizada no City Hall de San José, Califórnia. Esta ida aos Estados Unidos coincidiu com os concertos de apresentação do disco “Stones World: Rolling Stones World Music Project” nas cidades de Nova Iorque e São Francisco.

Com uma carreira tranquila mas sem cedências, Ana Moura vivia dias felizes. Mas a fasquia estava de facto muito alta e o próximo disco seria decisivo para distinguir maturidade de aparente estagnação. E felizmente mais uma vez foi a alma inquieta de Ana quem superou as armadilhas do sucesso. Repetindo um núcleo duro de parcerias oriundas de Para Além da Saudade, o recente disco Leva-me aos fados (2009) é mais um passo em frente que evita rupturas que procuram o novo pelo novo. Com duas guitarras a suportarem uma voz cada vez mais segura de si, Leva-me aos fados conjuga a beleza do fado tradicional com os caminhos inesperados de Não É Um Fado Normal, assinado por Amélia Muge e com a participação dos Gaiteiros de Lisboa. A isto acrescente-se as mais-valias preciosas que são as espantosas contribuições de José Mário Branco e Amélia Muge e tem-se um disco belíssimo e equilibrado, cujo tema-título é outro enorme êxito popular, justo herdeiro de Os Búzios.

Mal foi editado, Leva-me aos Fados foi disco de Ouro; daí à Platina foi um passo muito pequeno.
Ainda em 2009, durante um concerto em Paris, um espectador muito especial ficou maravilhado. Era Prince, que reconheceu que já tinha antes ouvido Ana. Confirmaram-se talentos mútuos, descobriram-se cumplicidades. E foi assim que, um ano depois e de forma natural, Ana Moura cantou dois fados com Prince, durante a histórica actuação do génio de Minneapolis no SuperBock SuperRock . Se haverá mais alguma colaboração desta admiração musical ainda esta por saber.

A verdade e que a estrela de Ana tem fulgor e vida própria, como o prova os reconhecimentos e sucessos acontecidos durante 2012. O Globo de Ouro na categoria de Melhor Interprete veio confirmar o seu reconhecimento a nível nacional, contando ainda com o efeito que teve o extraordinário Leva-me Aos Fados, que aliás iria ultrapassar fronteiras, como veremos. Ainda em Portugal, e em ano de euforia pela participação da selecção nacional na fase final do Mundial de futebol, a fadista e escolhida para cantar o hino nacional perante um Estádio do Jamor repleto para o concerto dos Black Eyed Peas, que marcou a despedida da equipa portuguesa para a África do Sul, onde se realizaria o torneio.

Foi um ano intenso de concertos para Ana Moura. E foi durante a sua digressão inglesa que a fadista chegou ao segundo lugar do top de vendas da Amazon britânica. O álbum Leva-me Aos Fados, disponível para o planeta através da maior e mais conceituada loja online, viajava pelo globo, levando as sombras e a luz do fado de Ana Moura.

O ano de 2012 foi também o tempo de um novo desafio musical, que a permanente curiosidade e desejo de acrescentar da artista acolheu de braços abertos: os concertos de Frankfurt com a Frankfurt Radio Big Band provaram da melhor maneira que o jazz e o fado se podem seduzir e andar juntos. A alma não conhece barreiras e foi isso que sentiram os espectadores privilegiados que estiveram na sala alemã. Felizmente, e devido ao sucesso desses espectáculos, a artista decidiu partilha-los com o publico português em duas das mais nobres salas do pais: e ´e assim que em Abril de 2011 os coliseus de Lisboa e Porto irão receber esta inesperada mas luminosa combinação musical.

O brilho de Ana Moura continua a fazer-se sentir logo no inicio de 2011, com a nomeação para Melhor Artista pela prestigiada revista de world music Songlines, e pela rodagem de um documentário para o canal Mezzo sobre a carreira.

Onde chegará a alma de Ana? É difícil dizer

Entretanto, e por esse mundo fora, Ana vive o dia a dia fazendo o melhor que sabe: espalhando com a sua voz a imensa alma que apenas se adivinha por detrás de um frágil sorriso de menina.

 

6 de Julho 2012
22h00 – Palacio Cadaval

Cherifa
A Poetisa do Médio Atlas
Marrocos

Que ela seja camponesa das montanhas e dos vales, dançarina ou cantora profissional como os Cheikhats ou os Rwayyes dos Souss, a mulher marroquina está ligada à sua terra, à sua língua, às tradições da herança oral transmitidas de geração em geração. Neste sentido, ela é parte de uma universalidade. As mulheres carregam com elas o ritual íntimo da existência, uma intimidade que os homens por pudor têm ignorado demasiado.

As Cheikhats são principalmente originarias do Atlas Médio e da região de Beni-Mellal. Todas elas são mais que simples cantoras e dançarinas, algumas delas estabeleceram-se como cantoras a tempo inteiro. Estendem-se por uma antiga tradição poética que se adaptou ao longo do tempo. Cherifa foi descoberta quando era apenas uma jovem camponesa, pelo grande mestre e cantor Rouicha de quem será corista durante muito tempo.

Originalmente de Khenifra, a pequena cidade de cor ocre das montanhas vizinhas, Cherifa pode parecer, à primeira vista, austera e masculina. A vida como cantora profissional dá-lhe um modo de vida diferente, um estatuto diferente do que a das mulheres tradicionais marroquinas.

As Cheikhats têm um estatuto ambíguo: mulheres livres, ao mesmo tempo são portadoras de uma palavra que pertence à comunidade e revela os pensamentos ocultos de cada ser. No “tamawayt”, tipo de canto Berbere do Médio Atlas, ela recita as palavras dos poetas da aldeia, acompanhado pelo alaúde “Lotar” Aziz Aarim, músico de rara delicadeza e que evoca as cores orientais e tons africanos de música berbere. O registo emocional alterna entre sentimentos de alegria e de sofrimento.

Os cantos de Cherifa muitas vezes terminam ao ritmo de Ahidous, a dança e o canto da comunidade de aldeias no Médio Atlas. No Ahidous original, o poeta penetra ao centro de um círculo humano, tanto masculino como feminino para recitar uma perspectiva que poderia ser contrariada por outro membro da aldeia. Os coros dos bailarinos aquiescido por um conjunto de fórmulas responsaria em festas que podem durar mais de 4 horas. A energia dessas danças catalisadas pelo raïs para a música e ritmo, e o ma’llem para a organização da dança, mantém um papel unificador dentro da aldeia.

Chamados Berberes pelos antigos conquistadores gregos e romanos que chamaram àqueles que não falavam a sua língua, este povo hoje reivindica uma verdadeira identidade cultural e linguística. A sua língua de origem karito-semita e, portanto, relativamente perto do árabe, divide-se em grupos diferentes, o dialecto Tuaregue das montanhas Aures, do Imazighen e do Médio Atlas.

Hoje, os berberes tentam adaptar os seus dialectos respectivos à escrita Tuaregue. São eles que por sua nobreza “bárbaro”, forjaram, por sua marca, a música marroquina de hoje.

http://www.zamanproduction.com/artiste/cherifa

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