O festival de danças tradicionais Andanças, que este ano contou com uma edição reduzida em Celorico da Beira, “foi um sucesso”, mas sem as enchentes do passado, disse hoje fonte da organização.
Após 17 anos de realização em Carvalhais, São Pedro do Sul, este festival de danças tradicionais, teve este ano, entre 01 e 05 de agosto, uma edição mais curta e em moldes diferentes face aos anos anteriores.
O festival regressará em 2013 no seu formato tradicional, mas ainda sem localização definida, embora a autarquia de São Pedro do Sul pretenda que continue no concelho.
Para a Câmara de São Pedro do Sul, “o ideal seria o festival permanecer no concelho” e, para isso, “está-se à procura de um local que possa satisfazer as necessidades dos organizadores”, disse à agência Lusa o presidente António Carlos Figueiredo.
“Para um concelho turístico como São Pedro do Sul, manter um festival com estas características é importante. A Câmara percebe a intenção e quer corresponder às novas condições para o Andanças”, disse.
Ana Martins, da associação PédeXumbo, que organiza o festival, considerou a edição de Celorico da Beira, nas margens do Rio Mondego, “uma clara indicação de que o Andanças tem um público que diz presente”.
Cerca de 13 mil pessoas estiveram na aldeia da Ratoeira para os cinco dias de “dança e festa”, desta feita divididos entre o Danças na Água, entre 01 e 04 de agosto, e o Andanças24, de sábado (04) e domingo (05).
Um número de presenças longe dos mais de 25 mil que estiveram no ano passado na última edição do Andanças em Carvalhais.
O formato desta última edição, foi criado para corresponder a uma iniciativa da Câmara Municipal de Celorico da Beira, segundo a responsável.
O novo local de realização do Andanças, segundo Ana Martins, até “pode até ser em São Pedro do Sul se surgir um lugar com melhores condições que Carvalhais”, tendo em conta as “excelentes relações que a PédeXumbo mantém com a Câmara e a Junta de Freguesia” locais.
“A mudança tem apenas a ver com a exiguidade do local das últimas edições. E, também, porque queremos criar outro tipo de filosofia em torno do Andanças, com uma estrutura fixa que permita a sua utilização ao longo do ano. Para isso, já observámos duas dezenas de locais e ainda vamos ver mais uma dezena”, contou.
De acordo com Ana Martins, “entre outubro e novembro será tomada uma decisão”.
Certo é que a “visão ecológica sustentada no voluntariado que caracteriza o festival”, é para continuar, disse.
Fonte: Lusa, 2012-08-06