O construtor de instrumentos Victor Gama leva uma exposição da sua obra à Royal Opera House, em Londres, de 31 de agosto a 02 de setembro, onde realizará “workshops” e apresentará o novo álbum, “Naloga”.
“A exposição convida o público a interagir de variadas formas e inclui dois concertos”, lê-se num comunicado da agente de Victor Gama, também conhecido como “o homem dos sete instrumentos”.
A exposição, explica o comunicado, é constituída por “três instalações e múltiplos instrumentos musicais contemporâneos, criados e desenvolvidos ao longo das últimas duas décadas”.
Intitulada “Instrumentos” é “a mais extensa exposição realizada pelo artista e compositor luso-angolano”.
As três novas instalações foram criadas para o espaço do Paul Hamlyn Hall, no complexo da Royal Opera House, de Covent Garden, na capital inglesa, e “potenciam a interação do público permitindo a cada visitante tocar, criar e gravar música com os instrumentos expostos, gravando-a num servidor público on-line”.
Segundo o mesmo texto, “serão apresentadas novas versões de instrumentos que podem ser tocados por mais de um músico como a Toha, o Acrux ou o Tipaw, assim como um extenso programa educacional que inclui workshops, palestras e jogos”.
Os dois concertos previstos acontecem no espaço da exposição, que será “convertido para o efeito”. Dos concertos farão parte “peças escritas por Victor Gama para alguns dos instrumentos expostos e interpretadas em trio por si próprio, Salomé Pais Matos e Kula Fortunato”.
A presença de Victor Gama em Londres é no âmbito do Festival Deloitte Ignite, com curadoria de Yinka Shonibare, e contará com uma intervenção da coreógrafa e bailarina Alesandra Seutin.
Victor Gama nasceu em Angola e vive atualmente em Sintra. O seu trabalho de composição e construção de instrumentos musicais contemporâneos tem atraído várias encomendas, nomeadamente da Chicago Symphony Orchestra, da Kronos Performing Arts Association, do National Museums of Scotland, do Tenement Museum, de Nova Iorque ou da Prince Claus Fonds, da Holanda.
Uma das suas obras mais recentes, para quarteto de cordas, e três dos seus instrumentos foram estreados pelo Kronos Quartet, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, em março de 2010, e apresentados em Portugal no Centro Cultural de Belém, em novembro desse mesmo ano.
A peça “Vela 6911” estreou-se em março passado, no Harris Theater, por encomenda da Chicago Symphony Orchestra e da Music NOW. Composta para oito solistas de orquestra e três instrumentos da série “Pangeia Instrumentos”, a peça deverá ser apresentada no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a 20 de janeiro do próximo ano.
Fonte: Lusa, 2012-08-11