O Porto recebe, a partir de amanhã (dia 13 de dezembro), até sábado (dia 15 de dezembro) dois festivais de músicas do mundo pelo preço de um. A 5ª edição do Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan e a 10ª edição do Etnias reuniram esforços e apresentam um cartaz conjunto que se celebrará entre a Casa da Música e o Contagiarte.
PROGRAMA
DIA 13, QUINTA-FEIRA, espaço Contagiarte
ABERTURA do Etnias / Ollin Kan22h00
RODRIKMal ouvi o som de um didgeridoo e tive a oportunidade de o experimentar, senti uma enorme ligação ao instrumento. Desde então, liguei-me ao movimento de músicos de didgeridoo existente em Barcelona e, com a ajuda de músicos mais experientes, comecei a tocar didgeridoo de uma forma mais regular e disciplinada, participando em encontros, jam sessions, festivais e concertos. Descobri no didgeridoo uma poderosa forma de expressão, meditação e relaxamento, exteriorizando através dele toda a minha musicalidade interior e misturando-a com variados estilos musicais. Durante este período de pesquisa e descoberta participei em oficinas com os mais influentes e referenciados artistas contemporâneos do dodgeridoo, provenientes de diversas partes do mundo. Também fiz uma longa viagem pela Europa, tendo como principal referência a música de didgeridoo. Tive a oportunidade de tocar em bares, clubes e festivais, sempre á procura de novas fusões musicais, tendo tocado com variadíssimos músicos, de música country, jazz, funk, étnica, ritmos tribais, africanos, sul-americanos, folk e até música electrónica. Esta experiência fortaleceu a minha relação com o didgeridoo, tornando-se numa das minhas maiores paixões. Actualmente estou a desenvolver diferentes projectos musicais, e também aproveito os tempos livres para explorar e experimentar novas e diferentes fusões musicais. Básicamente, a minha intenção é promover o dodgeridoo nas suas variadas potencialidades e possibilidades e espalhar a mensagem do dodgeridoo por todo o mundo.
23h00
CURASOM
Apresentação do projecto CURASOM, uma marca que levará aos portuenses e portugueses diversos instrumentos eruditos e oriundos de diversas partes do mundo. Há um enredo em volta deste conceito. O Som leva-nos à ORIGEM do MUNDO, deixa-nos navegar no nosso íntimo ser e desperta o nosso ser criança (…) Ricardo Swami Saudade, mentor do projecto Curasom, além de uma breve apresentação do projecto e dos instrumentos utilizados para o mesmo, que podem ser inclusive experimentados pelo público, irá congratular-nos com um pequeno concerto de Space Drum.
www.curasom.pt23h30
RE-TIMBRAR(…) Numa fusão de tradição e contemporaneidade, cria-se, assim, a novidade. Com a acção de todos, e as influencias de cada um, cria-se, assim, um estilo musical global: novo e antigo, local e longinquo, todas as visões são benvindas neste processo de redescoberta das raízes específicas da música portuguesa. (…)
A oficina procura, em palco ou fora dele, sensibilizar o público, divulgando o potencial rítmico e melódico dos instrumentos de percussão portugueses, inserindo-os nos variados géneros musicais. Parte-se de um pressuposto de participação de todos, sendo que todos são, então, público, e simultaneamente, parte activa da actuação. Misturando o tradicional, tantas vezes esquecido e mal-amado, com o contemporâneo e actual, a oficina Re-Timbrar procura reconciliar a música com a tradição. Tornando todas as pessoas parte deste movimento, impulsiona-se a música portuguesa, incentivando a criação de novas sonoridades tradicionais. Numa fusão de tradição e contemporaneidade, cria-se, assim, a novidade. Com a acção de todos, e as influências de cada um, cria-se, assim, um estilo musical global: novo e antigo, local e longínquo, todas as visões são bem-vindas neste processo de redescoberta das raízes específicas da música portuguesa. www.retimbrar.pt.vuSonoridades, dia 13: NOITES FOLK com Osga (programador do festival Etnias)
DIA 14, SEXTA-FEIRA, Casa da Música
KRISTOFF SILVA
22h30Kristoff Silva, natural de Belo Horizonte, é reconhecidamente um dos artistas mais versáteis da sua geração. Actua como violonista, cantor, compositor, professor de teoria musical e autor de músicas para teatro e dança. Em 14 anos de profissão, já se apresentou ao lado de artistas como Caetano Velloso, Elza Soares, Zé Miguel Wisnik, do diretor teatral Zé Celso Martinez Correa, das cantoras Mônica Salmaso, Alda Rezende, Ná Ozzetti, Virgínia Rosa, além da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e do grupo UAKTI. Recentemente foi seleccionado entre mais de 1410 artistas inscritos em todo o Brasil, no projeto “Rumos Itaú Cultural”, que faz uma cartografia da produção musical feita atualmente no país. Escreveu o ‘Livro de Partituras’ de Zé Miguel Wisnik, elogiado por Arthur Nestrovski como “as mais bem grafadas da canção brasileira até hoje”.
www.kristoffsilva.com.br23h30
ZOOBAZAROs ZOOBAZAR são um quarteto de música do mundo de Madrid, cujos membros já tocaram nas bandas mais importantes de música do mundo de Espanha, tais como RADIO TARIFA, LA MUSGANA, ELISEO PARRA, JAVIER PAXARINO, MASTRETA…
A banda quis experimentar um novo mundo de sons e criar uma nova fronteira instrumental, baseada na música tradicional, combinando vários elementos mediterrâneos, como o folklore ibérico, musica dos Balcãs, da Grécia, da Turquia, Médio Oriente, África do norte, Flamenco e Rock, Funk, Jazz e Música Indiana.
Os ZOOBAZAR conseguem criar um som muito pessoal e único ao compor melodias claras e cativantes, entrelaçadas com solos virtuosos e hábeis baseados em ritmos fortes e sólidos e grooves com arranjos de diferentes progressos harmónicos. Também sabem encantar os ouvintes com melodias profundas e lentas ao usar introduções longas tipo “taksim” (solos Árabes) nas quais expressam com os seus instrumentos um leque variado de sensações musicais, sendo o sílêncio uma parte importante da música e elevando o público a uma nova dimensão musical. (…)Os ZOOBAZAR são Amir-John Haddad – Ud árabe acustico e eléctrico, Saz Turco e buzuki. Diego Galaz – Violino, Violino-trompete (stroviol) e Mandolim. Pablo Martin – bateria e percussões, como durbake, riq, bendir etc. Hector Tellini – Baixo electrico.
www.zoobazar.es00H30
MUOs Mu iniciaram o seu percurso musical em 2003. Em busca de fusão e de experimentação no seio da música tradicional, muitos foram, e continuam a ser, os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. Os seus membros dedicam-se aos mais variados instrumentos provenientes dos quatro cantos do mundo, o que permite a este projecto viajar por distintas culturas e sonoridades tradicionais e de fusão. A junção de instrumentos oriundos da Índia, Suécia, Egipto, Brasil, Marrocos, Austrália, entre outros, permitiu aos Mu descobrir na música uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los atá à actualidade. Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados, os Mu criam ao vivo um momento de alegria contagiante. Nos seus espectáculos, a energia viaja no ar e invade os corpos impelindo-os a dançar num mundo sem limites. (…)
Ao longo do seu percurso os MU contam já com três trabalhos discográficos, Mundanças (2005), Casanostra(2008) e Folhas que Ardem (2012).
www.mu.com.sapo.ptSonoridades, dia 14: WORLD MUSIC PARTY com António Pires (autor do blog Raízes e Antenas), no espaço Contagiarte.
DIA 15, SÁBADO, espaço Contagiarte
ADDUCANTUR
Addūcantur é do mundo e faz-se com amor às sonoridades, umas longínquas e outras de bem perto e é essa sugestiva fusão que nos leva em viagens…É em 2008 que surgem das cordas obstinadas e vibrantes de José Correia e Nuno Silva, as primeiras composições musicais deste projecto que com um percurso atipico foi-se afinando as exigências da música. Se foi com o nome Elementos que se apresentou, num golpe de ousadia criativa afirmou-se recentemente como Addūcantur. Addūcantur é do mundo e faz-se com amor às sonoridades, umas longínquas e outras de bem perto e é essa sugestiva fusão que nos leva em viagens, a sítios cuja atmosfera onírica nos faz pensar conhecer de uma memória ou de um sonho. A música é para ouvir, observar e absorver, a sua natureza contemplativa e densa, desenha fluídos fraseados de humores oscilantes, entre o carácter complexo da música erudita e a pureza da música étnica.
É com enorme prazer que Eloísa d´Ascensão na Voz; José Correia na guitarra clássica, guitarra acústica fretless, duduk e flauta de bisel contralto ; Luiza Bragança no sintetizador/piano; Nuno Silva no saz, santur persa, oud e bouzouki e Sérgio Henrique no tar, riq, darbuka e udu, vos convidam a viajar.
23h00
LUGARES DA PELEStong Pa Nyid E Iris Lican combinam a fotografia e o movimento num trabalho de criação em tempo real. Todas as imagens foram criadas n relação imediata com os lugares escolhidos e com a ressonância de cada uma consigo mesma., com o local e com a outra. Esta performance combina exposição fotográfica com dança e movimento. O corpo atravessa os espaços da exposição , circulando entre salas, entrando e saindo de lugares, peles, rostos, identidades.
Sendo alternadamente espectador, criador, elemento neutro, elemento questionador, ritual, parte das próprias paredes, terreno e etéreo. Assim, o público é convidado a apuarar o olhar, porque há partes que vê, outras que não. E ninguém vê exactamente a mesma performance. (…) No final, propõe-se uma conversa aberta entre criadoras e audiência (…) dissolvendo a barreira entre artista e público, alargando a experiência.Criação e interpretação Iris Lican e Stong Pa Nyid Fotografia Stong Pa Nyid Movimento Iris Lican Som Baltazar Molina
www.irislican.com
23h30
SLAP HAND TO HANDSlap – Hand To Hand é uma banda baseada na percussão da África Ocidental, misturando diferentes ritmos, rituais, histórias e culturas. A música Mandinga/Griot representada pelos Djembes, Dununs e Balafon funde-se com a cultura contemporânea através deVjing e Sampling usando o Resolume e instrumentos como o Akai MPD Sampler.
É objectivo desta banda misturar a cultura Mandinga/Riot com a urbana, sem deturpar a origem, fazendo um apelo constante aos sentidos e às memórias intrinsecas à genética colectiva. Os percussionistas escondem nas entrelinhas desta sonoridade ritmos e melodias com origem em simbolos ancestrais que são a resposta para transes de várias castas.
Mais do que percussionistas, mais do que músicos, os Slap trabalham a partir de uma herança, transformando a urbe num campo de terra onde a poeira levanta a cada batida.
Davidian Lopes :: Francisco Rodrigues Bento :: Francisco Aviztía :: Lascas :: Pedro Petronilho :: Pedro Adrega
Sonoridades, dia 15: WORLD MUSIC PARTY com Dj Goldenlocks (mentora das noites vibrantes Fuego y Tumbao)
Comemoração do 9º aniversário do espaço Contagiarte