O teatro D. Luíz Filipe (antigo Teatro da Luz) em Lisboa recebe, dia 30 de Novembro, a primeira edição do Festival Identidades. Para além das actuações de Omiri, Bicho do Mato e Cant’Aduf, neste evento organizado por uma «rede informal de músicos que tem como principal objetivo dar visibilidade à música folk e de identidade portuguesa» em parceria com a Tradballs, será efectuado o lançamento do primeiro número da revista Identidades.
Os bilhetes custam 6€ e podem ser adquiridos no dia no próprio local.
O projeto “Identidades” é uma rede informal de músicos que tem como principal objetivo dar visibilidade à música folk e de identidade portuguesa, integrando todas as ramificações e contaminações possíveis da nossa herança cultural. O Identidades é apoiado pela dgArtes e aposta em duas ferramentas de comunicação nucleares para dar a conhecer a música de identidade em Portugal: o portal “Identidades” (em parceria com a Pédexumbo) e a revista “Identidades”. O portal, que já está em construção, é essencial para centralizar tudo o que se faz neste domínio: eventos e programação, associações, projetos culturais, escolas de música, grupos musicais, discografia, recursos pedagógicos, arquivos, partituras e muito mais. A revista será publicada trimestralmente em formato digital, com o primeiro número a sair já no dia 30 de novembro. Na revista os músicos falam na primeira pessoa sobre os instrumentos portugueses, a composição, a fileira da música portuguesa de identidade e os seus projetos musicais. As associações relatam as suas estratégias de intervenção cultural e o público fala dos eventos, festivais e concertos que testemunharam. A revista é criada a partir do interior de um movimento em franco crescimento que pretende cada vez mais dar-se a conhecer dentro e fora de fronteiras, e assim celebrar toda a diversidade da nossa cultura ancestral.
OMIRI
Omiri é um dos mais originais projetos de reinvenção da música tradicional portuguesa.
Para reinventar a tradição, nada melhor que trazer para o próprio espetáculo os verdadeiros intervenientes da nossa cultura: músicos de todo o país a tocar e a cantar como se fizessem parte de um mesmo universo. Não em carne e osso mas em som e imagem, com recolhas realizadas por Tiago Pereira, transformadas e manipuladas em tempo real, servindo de base para a composição e improvisação musical de Vasco Ribeiro Casais.Também se propõe um baile onde todos os temas tocados são dançáveis, segundo o ritmo e o balanço das danças tradicionais, e não só (Repasseados, Drum’n’bass, Malhões, Viras, Break Beat, Corridinhos, DubStep…).
Omiri é, acima de tudo, remix, a cultura do século XXI, ao misturar num só espetáculo práticas musicais já esquecidas, tornando-as permeáveis e acessíveis à cultura dos nossos dias, isto é, sincronizando formas e músicas da nossa tradição rural com a linguagem da cultura urbana.
Em Omiri a música e cultura portuguesa é rica e gosta de si própria.
Vasco Ribeiro Casais: Programações, Cavaquinho, Nyckelharpa, Bouzouki customizado, Gaitas-de-fole Portuguesas;
Tiago Pereira: Manipulação visual em tempo real;
BICHO DO MATO
A formação de Bicho do Mato remete a abril de 2011, quando 4 músicos se juntaram (a convite da rubrica “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”) para gravar alguns temas originais.
Tó-Zé Bexiga (Uxu-Kalhus, NMB, Ocarina), Zé Peps (Pucarinho, Aqui há Baile) Daniel Catarino (Uaninauei, O Rijo, Long Desert Cowboy) e Daniel Meliço (Bandex, Pucarinho) criaram uma sonoridade distinta entre a música tradicional, o rock, o folk e a world music.
O Bicho do Mato apresenta canções melódicas e acessíveis que contrastam com a crueza das palavras, atentas e aplicadas num cantar de intervenção mais humano que político, cantado e tocado em Português.
Após editar “A Ratoeira” pela Capote Discos como single de apresentação em 2012, a banda prepara agora o seu disco de estreia e percorre o país a mostrar o seu trabalho ao vivo.http://www.youtube.com/watch?v=Sg4YVjRQZC8 (Visualização)
CANT’ADUF
Cant’Aduf é um projeto que mistura vozes femininas e adufe, que apresenta renovadas abordagens musicais do canto tradicional. Partindo do cancioneiro tradicional, as cant’adufeiras desenvolvem os seus arranjos e criações, resultando num entrançar entre o passado e o presente. Nas vozes e adufes: Joana Negrão (Dazkarieh, Sopro), Joana Margaça (Uxu Kalhus), Filipa Estêvão Carvalho (Projeto Balho) e Sílvia Isabel (Recanto).