O duo portuense Fado Violado de Ana Pinhal e Francisco Almeida que cruzam flamenco e fado (com guitarra espanhola – daí o “violado” no nome) edita em Março o seu álbum de estreia “A Jangada de Pedra”. O disco encontra-se em pré-venda através de campanha de crowndfunding que termina a 16 de Março. Vale a pena conhecê-los.
Os Fado Violado, projeto musical português que cruza o Fado com o Flamenco nascem das mãos de Ana Pinhal e Francisco Almeida no ano de 2008, após uma primeira colaboração de longo termo nos desaparecidos BoiteZuleika. Ambos do Porto, desde cedo partilharam o gosto pelas artes, particularmente pela música, que acabou por ser o elo de ligação entre os dois. Ana Pinhal começou por se dedicar à canção Pop, à Bossa Nova ao MPB de forma amadora, até integrar em 2002 os coros de BoiteZuleika, banda com a qual viria a trabalhar até a sua extinção, participando no disco “Éramos assim”. O desejo de aprender mais leva-a a frequentar aulas de formação musical e canto. O primeiro contacto com o Cante Flamenco chega pela mão do Francisco, que por esta altura já andava às voltas com a guitarra. O profundo interesse por esta arte leva-a até Sevilha onde durante três anos estuda na Fundación Cristina Heeren.
Surpreendentemente é em Sevilha, talvez pela saudade, que o fado conquista o coração da Ana e que da comunhão com a guitarra do Francisco faz nascer Fado Violado. Com este grupo apresentou-se ao vivo em Portugal, Espanha, França e Holanda.
Atualmente, além do projeto Fado Violado, é fadista residente na “Casa da Mariquinhas”, no Porto, e no “Fado in Porto”, Caves Cálem, em Vila Nova de Gaia.
O seu companheiro de palcos, Francisco Almeida, começa a sua aventura musical ainda adolescente, integrando várias bandas de garagem, começou por tocar baixo elétrico e por cantar, mas foi com a guitarra que as suas primeiras canções se facilitaram. Aos 20 anos a música desenha-se já como opção profissional, os BoiteZuleika logravam algum êxito com “Cão muito mau” e os pedidos para concertos multiplicavam-se. Nesta altura, o Francisco começa a levar o estudo da música e da guitarra mais a sério. Em 2003 tem o primeiro contacto com a guitarra flamenca, tendo feito, mais tarde, vários workshops e master classes em Córdova e Sevilha. Aos 27 anos ruma de novo a Sevilha onde durante três anos estuda guitarra flamenca também na Fundación Cristina Heeren.
Atualmente além de Fado Violado, Francisco Almeida acompanha as classes de baile flamenco da professora Catarina Ferreira, no Contagiarte, Porto.