Digestivos, Notícias

Digestivo 15.02.12: Marafona, Imidiwan, Gnomon, Rústica, Bia, Rita Braga

# Os Marafona que, além de terem gravado o EP “Tia Miséria” e que mereceram destaque na nossa lista de discos trad / folk português de 2014, têm muito mais sumo a verter em palco, como se pôde  comprovar no Avante (palco Café-Teatro) ou recentemente na Guilherme Cossoul. Hoje há nova oportunidade para os ver em Lisboa. É na Musicbox pelas 22h30.

# Um pouco mais tarde, os Imidiwan apresentam ali mesmo ao lado (no Clube B.leza também ao Cais do Sodré) Imidiwan apresenta ao vivo EP “Hna Khoût” ( “somos todos irmãos” em Darija, língua árabe marroquina), novamente carregado de sonoridades provenientes do Norte do Mali e da música electrónica, que conta com participações de Alex, Marc Plannels e Gonçalo Sarmento, todos eles músicos integrantes de Terrakota, e também de Marco Pombinho, teclista de Black Mamba, dos brasileiros Juninho Ibituruna e Felipe José, Dj X-Acto e do rapper Chullage. Produzido por Beat Laden, o EP “Hna Khoût” reflete a necessidade dos tempos modernos: “somos todos irmãos”, independente da raça e ideologia de cada indivíduo. ” O colectivo Kanoa abrirá a noite e os DJ’s SoundClowns encerrarão as festividades.

#Os Gnomon, colectivo de Joane que une o universo do jazz (e a arte de tão bem dedilhar instrumentos de cordas e não só) à música popular, agora constituído por  Tiago Machado (guitarras clássica e elétrica), Carlos Ribeiro (guitarras clássica e elétrica), Carlos Barros e Bruno Santos (percussão), Paco Dicenta (baixo fretless), Jesús González (bateria) e Samuel Coelho (violino e eletrónica), acaba de editar  o terceiro álbum “O Homem que voava baixinho” que esteve recentemente em campanha de crowndfunding. O disco é apresentado amanhã ao vivo na Casa das Artes de Famalicão.

# A açoriana Bia, cantora, letrista e escritora de canções, instrumentista, produtora, membro do grupo Xaile, editou esta semana o seu álbum a solo intitulado “Chi-Coração”, co-produzido e arranjado em colaboração com Rui Reis (co-produtor de “Xaile”). “Chi-Coração” espelha as influências musicais da autora, profundamente enraizadas na música tradicional portuguesa, no vasto universo lusófono, onde variadíssimos instrumentos acústicos e regionais (como viola da terra ou viola caipira) coexistem com a electrónica. Constituído, sobretudo, por material original, “Chi-Coração” visita ainda alguns clássicos como “Josézito” e “Tanchão / Lundum” onde se nota a presença inconfundível de Zeca Medeiros.

 

# A editora espanhola Fol Música editou esta semana o projecto Rústica que reúne quatro grandes personalidades da folk galega: Cristina Pato, Davide Salvado, Anxo Pintos, Roberto Comesaña. Como os autores afirmam “es una carta de amor al increíble patrimonio cultural de Galicia, a la amistad y a la emoción”.

#Rita Braga edita a 30 de Março o EP “Gringo In São Paulo”, sucessor do álbum de estreia “Cherries That Went To The Police” (2011). Os concertos de lançamento estão confirmados para dia 26 de Março na ZDB e dia 27 de Março no Passos Manuel. São cinco temas originais e inéditos que Rita Braga compôs no período em que morou no Brasil em 2013, gravados na Casa do Mancha. Para além da voz, ukulele e teclados de Rita Braga, o disco conta com a participação de vários músicos de São Paulo: Mancha Leonel (bateria), Bernard Simon Barbosa (guitarra eléctrica e baixo), Pedro Falcão (cuíca e pandeiro), José Vieira (piano), Peri Pane (violoncelo), Matheus Zingano (guitarra acústica), e ainda uma participação de Chris Carlone, o músico norte americano com quem tem vindo a colaborar desde 2008. O disco foi recentemente terminado no Porto com Marc Behrens (mistura e masterização) e a capa do vinil foi concebida por Marc Behrens e Rita Braga. A edição física é um vinil de 7” com os temas “Gringo in São Paulo” e “Erosão”, acompanhado de um download card com os cinco temas que integram o EP. Cada canção tem uma atmosfera muito singular e as influências passam por Tom Zé, Carmen Miranda, Bob Dylan, Sílvio Caldas ou Black Sabbath. O single que dá o nome ao disco é em “ingrês” (em “gringo”) e terá um vídeo de animação pelo artista sérvio Vuk Palibrk. Os outros temas são cantados em português mas em cada um a voz de Rita Braga ganha um contorno, expressão e sotaque diferente.

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