WOMAD de Cáceres recebe Bassekou Kouyaté antes do FMM

Como tem sido habitual nos últimos anos, realiza-se na primeira quinzena de Maio (este ano entre os dias 8 e 11 de Maio) mais uma edição do WOMAD de Cáceres, aqui mesmo ao lado na Extremadura espanhola. Um evento obrigatório sobretudo para aqueles que vivem em zonas raianas, entre Portalegre e Elvas. Ainda não há programa oficial (leia-se programação distribuída por horários e palcos), mas esta edição do maior festival do mundo de músicas do mundo (o “polvo” WOMAD que se estende pelos cinco continentes) voltou a fixar-se na zona medieval e o grosso da programação deverá acontecer no final da semana (e não a meio da semana como nas últimas edições deste festival). Durante quatro dias, a Plaza Major, a Plaza de San Jorge, o Gran Teatro, a Plaza de Santa Maria, a Plaza de Las Veletas e a Plaza de San Mateo irão albergar inúmeros workshops e mais de duas dezenas de espectáculos dos seguintes artistas:

Aynur (Turquia), Bassekou Kouyate & Ngoni Ba (Mali), Cactus Crew (Reino Unido), Calima (Espanha), Concha Buika (Espanha), Cukinho (Espanha), Darga (Marrocos), David D’Or (Israel), Devon Sproule (Estados Unidos), Hasan Yarimdunia Quintet (Turquia), Josh Dios Band (Estados Unidos), Las Chicas del Sol (Reino Unido), Los Alienígenas (Espanha), Luisito Quintero (Venezuela), Mala Rodríguez (Espanha), Malandanza (Espanha), Mariem Hassan (Sara Ocidental), Nathan Flutebox Lee (Reino Unido/ Ìndia), Pascals (Japão), Planeta Suroeste (Espanha), Regis Gizavo (Madagascar), Siyaya (Zimbabué), Tangran (Espanha), Tulsa (Espaha).

Mais uma vez, os músicos portugueses são literalmente ignorados e o contigente espanhol representa quase metade do cartaz. Apesar de tudo há fortes motivos de interesse para não perder este WOMAD: Aynur (vale a pena voltar a vê-la depois do grande actuação no MED de Loulé), Bassekou Kouyaté (imperdível apesar de o podermos ver em Sines), Concha Buika (nunca uma negra cantou tão bem flamenco, acho), Devon Sproule (atenção, muita atenção a esta trovadora norte-americana), Mariem Hassan (é sempre bom voltar a ouvir uma intensa voz das profundezas do deserto que já passou pelo fim-de-tarde do FMM de Sines).