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Festival Med de Loulé alarga horizontes

A organização do Festival Med acaba de apresentar a programação principal (e mais suculenta) para os cinco dias de animação do centro histórico da cidade de Loulé (entre 25 e 29 de Junho). Durante este período, passam pelos cinco palcos do Med mais de 40 artistas (músicos e DJ’s) oriundos da grande bacia mediterrânica e não só. Neste momento é já possível saber quais as 17 principais propostas responsáveis pela animação dos dois principais palcos: da cerca e da igreja matriz. Para além das presenças asseguradas de Balkan Beat, Box, Amadou & Mariam, Zita Swoon, Solomon Burke, Konono nº1 e Deolinda, já divulgadas neste espaço, há pelo menos mais uma dezena de boas propostas.

Logo no primeiro dia (25 de Junho), poderemos assistir, antes de Balkan Beat Box, ao interessante projecto de renovação de flamenco com hip hop, La Shica que deu boa conta de si na Womex de 2007, tendo editado recentemente o álbum de estreia “Trabajito de Chinos”. Igualmente pescados em Sevilha (na Womex de 2007), os parisienses Caravan Palace fundem electrónica e música de dança com jazz «manouche» e outras músicas ciganas e balcânicas.

A 26 de Junho, há jazz para cerimónias fúnebres (ligadas a familiares da grande família), por Roy Paci & Aretuska. Homem de mil e um projecto que tem actuado com os experimentalistas Zu e a «brass» Banda Iónica. Depois é servida uma boa dose de reggae clássico por Jimmy Cliff, e flamenco e rumba catalã por Muchachito Bombo Infierno de Barcelona.

No terceiro dia (27 de Junho), o projecto belga Zuco 103 da vocalista brasileira Lilian Vieira, alem de vir dar ênfase ao Euro 2008 (com a sua canção “Futebol”), apresenta repertório do recente álbum “After The Show” (que já não é editado pela Crammed como foi habitual). Nessa noite é possível acmpanhar Deolinda, Solomon Burke e Zita Swoon.

No sábado (28 de Junho), o ecletismo continua com a mais antiga banda rock que sobreviveu a todo o tipo de cataclismo cultural, nomeadamente os marroquinos Master Musicians of Jakouka, seguido do fado de Ana Moura, do casal maliano Amadou & Mariam e do rock todo-o-terreno dos veteranos mexicanos Café Tacuba.

No domingo (dia 29 de Junho), a festa (maioritariamente) mediterrânica termina com a ponte judaica entre Israel e a música soul sombria e fumarenta da Etiópia com o projecto de Idan Raichel. Após o transe acústico dos congoleses Konono nº1, o Med encerra com as percussões urbanas de Les Tambours du Bronx.

Proximamente serão divulgados as cerca de duas dezenas de nomes que se apresentam nos três restantes palcos do Med de Loulé.

Programa:

Quarta-feira – 25 de Junho

21h30 – La Shica (Espanha)
22h45 – Balkan Beat Box (Israel)
00h15 – Caravan Palace (França)

Quinta-feira – 26 de Junho

21h30 – Roy Paci & Aretuska (Itália)
22h45 – Jimmy Cliff (Jamaica)
00h15 – Muchachito Bombo Infierno (Espanha)

Sexta-feira – 27 de Junho

21h30 – Deolinda (Portugal)
22h45 – Zuco 103 (Países Baixos)
00h00 – Zita Swoon (Bélgica)
01h30 – Solomon Burke (Estados Unidos)

Sábado – 28 de Junho

21h30 – Master Musicians of Jajouka (Marrocos)
22h45 – Ana Moura (Portugal)
00h00 – Amadou & Mariam (Mali)
01h30 – Café Tacuba (México)

Domingo – 29 de Junho

21h30 – Idan Raichel Project (Israel)
22h45 – Konono nº 1 (Rep. Pop. Congo)
00h15 – Tambours du Bronx (França)

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9 Comments

  1. Olá Marco,

    Fazes bem. E aqui estão só 17 espectáculos de cerca de 40 idealizados. O ano passado houve muito bons espectáculos de bandas portuguesas e não só (os Estambul de Espanha foram uma óptima revelação). Muito isso, muita água vai correr sobretudo no palco do Castelo (de Loulé, claro).

    abraço

  2. Olá Joe, espero que tenhas um bom Med. Que além do trabalhinho diário consigas ver algumas propostas do óptimo cartaz deste ano. Infelizmente, por razões pessoais, este ano não vou poder ir lá abaixo.

  3. Viva Luís! Lamento que este ano não tenhas podido ir ao MED, pois tinha um cartaz bastante apelativo! Eu, infelizmente (mas por boas razões) também não pude ver praticamente nada, já que as minhas sessões de djing iam das 22.30 às 02 e tal ou 03 e tal! Gostei muitíssimo da experiência, foi a minha estreia em festivais e correu tudo muito bem, arranjei bastantes fans! Para o ano vou tentar ir ao FMM de Sines, o meu cenário de sonho para uma sessão de djing! Já tentei este ano, mas o Carlos Seixas não está muito virado para dj’s. Se puderes mete uma cunha por mim :), isto é, se estás de boas relações com o Carlos e restante staff! É mesmo um dos meus sonhos, tocar no palco da Av. da Praia até o Sol nascer! Um grande abraço

  4. Sines precisa de DJs que abram a noite, passem som entre bandas e depois fechem a noite. Mesmo que toquem numa mesa ao lado do PA ou outra solução do género. Nesse aspecto o Carlos Seixas está a ser tótó. Um abraço e até breve.

  5. Filipe, concordo inteiramente contigo! Este ano o Carlos Seixas, por causa do 10º aniversário do FMM, ou não, ignorou praticamente os DJ’s, apenas mantendo os Bailarico Sofisticado para o encerramento! Ao contrário do MED de Loulé, onde fui DJ residente durante os 5 dias do Festival, havendo ainda mais três DJ’s!

  6. Olá,

    desculpem a resposta um pouco tardia.

    Joe, não sou a melhor pessoa para meter essa cunha. Há muito que fui «banido» do circuito de Djing dos festivais world. Quando ao Med de Loulé, este ano havia cinco palcos em simultâneo. Em Sines, por uma questão de opção e apesar de se fazerem coisas em cinco palcos, só há um de cada vez em actividade. Com bandas a actuarem às quatro da manhã, não há de facto muito espaço para djs. A menos que se contrate a equipa da manhã da Antena 3 para fazer emissões em directo da Av da Praia, entre as 6h e as 10h da manhã…

    Filipe, Sines precisa de várias outras coisas… Para quê dj’s entre as bandas quando podem dar um bom uso do vídeo e o tempo de espera não é mais do que 15 minutos? Agora se me disseres que poderiam criar tendas, espaços, só para djs na av da praia a tocar em simultâneo com as bandas, ou que poderiam haver djs no palco da avenida da praia enquanto estão a decorrer os concertos do castelo (sim, porque apesar do castelo estar cheio há sempre imensa gente nessa altura lá em baixo), aí estou de acordo contigo.

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