Concertos

Intercéltico de Sendim defende língua mirandesa com legião espanhola


LUNASA

Fermosellle, localidade raiana de Terras de Sayago, recebe hoje a abertura da Sétima edição do Festival Intercéltico de Sendim, organizado pelo Centro de Música Tradicional Sons da Terra de Mário Correia e pela Associação de Juventude de Sendim Mirai Qu’Alforjas. No palco da Plaza Calvo Sotelo estarão os locais TAMBORILEROS DE FERMOSELLE e os asturianos DRD.

Amanhã, já na vila mirandesa de Sendim, os GAITEIROS DE CONSTANTIM (Terras de Miranda) responsabilizam-se pela animação de rua e por chamar os “folqueiros” ao Parque das Eiras para assistir à apresentação ao vivo do disco “Molinos de L Brosque” (recentemente editado pela Sons da Terra) do gaiteiro e tamborileiro (também de Constantim) CÉLIO PIRES. Seguem-se os HEXACORDE com VANESSA MUELA de Leão e Castela e os únicos representantes das ilhas britânicas neste festival: os irlandeses LUNASA. Num panorama menos dado à subtileza técnica de uma notável rapidez de execução, de interpretação empolgante de “medleys” a várias velocidades, de um profundo respeito pela tradição musical irlandesa, eis um verdadeiro oásis. Em Sendim apresentam o mais recente álbum “Se”. Um disco que procura alargar horizontes estender pontes com o norte de Espanha, a Bretanha e a música Klezmer.

Sábado, o dia começa bem cedo JAMBRINA & MADRID (Castela / Leão) no Salão da Junta. Na ruas de Sendim haverá folia com TAMBORILEROS DE FERMOSELLE, BANDAS DE GAITAS & TAMBORES BEATO FRAY e PEDRO SOLER (Múrcia). Á noite, o Palco das Eiras recebe os MIELOTXIN (Navarra), a música utópica dos galegos BERROGUËTTO e a folk ‘mainstream’ do astruriano HEVIA.

Os BERROGUËTTO de longe a proposta mais interessante da folk galega da actualidade. Em 10 anos de existência editaram apenas três discos. Vagar compensado com a máxima criatividade potenciada no álbum “Hepta”, onde os encontramos a lidar com várias artes (arquitectura, pintura, fotografia) e em presença de bos e educados amigos: Djivan Gasparian (duduk) da Arménia, Markus Svensson (nickelharpa) da Suécia e Kalman Balogh (Cimbalom) da Hungria. 2006 é um ano de celebração. Não só pelos 10 anos, como pelas duas edições discográficas “10.0” e “DeSolASons”.

Actividades paralelas:

Para além das noites da Taberna dos Celtas que se estendem até o sol raiar e são dominadas pela informalidade dos músicos participantes, há também exposições de Gaita de Foles e em memória de ZECA AFONSO, mostra fotográfica de “instrumentos musicais populares em contexto religioso na terra de Miranda”, mostra de cartazes do Intercéltico da autoria dos alunos da escola EB 2,3 de Sendim, oficina de língua mirandesa por AMADEU FERREIRA, estudioso deste segundo idioma oficial em Portugal, as tertúlias Carreira de la Lhengua, com poesia, lhonas, cuntas e lindainas, visitas arqueológicas aos Santuários Rupestres Pré-históricos de Ifanes, Vila Chã da Braciosa e Palaçoulo, o tradicional “Cortejo dos Ranacalhos” e a Missa Solene de Andavias, costume religioso oriundo da região espanhola de Zamora que decorrerá, já no Domingo, na igreja paroquial de Sendim.

Mais informação em www.intercelticosendim.com

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1 Comment

  1. muito bom, adorei o festival deste ano, apesar de, pessoalmente n ter gostado muito dos Hevia…gosta de ver uma proxima edição com mais bandas portuguesas, temos boas bandas portuguesas que de certo, faziam boa figura no ICS 😀

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