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Maré de Agosto: aprender a nadar com a diversidade.

Realiza-se a partir de hoje e até ao próximo domingo (20 de Agosto), a 22ª edição do mais importante festival que ocorre anualmente em ilhas açorianas: o Maré de Agosto da Praia Formosa – Ilha de Santa Maria.

Como sempre, o cartaz é pautado por uma enorme diversidade de estilos que vão do rock, aos blues, à soul africana e à folk, provenientes de várias áreas geográficas: Europa, Américas, África.

No primeiro dia, cruzam-se em palco os portugueses BE-DOM, os espanhóis EL BICHO e os brasileiros CABRUÊRA. Grupo de percussão “criativa” no masculino com forte componente teatral, os BE-DOM poderão ser uma espécie de TUCANAS de calças. Usam materiais alternativos – bidões, garrafas, latas, o próprio corpo, brinquedos e arquitectando uma “nova forma de fazer música, nova arte e uma outra destreza a criarem e a combinar sons”. Já os EL BICHO, que se apresentaram há dois anos no Sons em Trânsito de Aveiro são, a par de AMPARANOIA, um dos mais dignos representantes da música mestiça oriunda de Espanha. Fundem O flamenco, rumba com pop, rock, jazz, numa espécie de resposta madrilena aos catalães OJOS DE BRUJO. Quanto aos CABRUÊRA, são um dos poucos representantes do “mangue beat” (criado nos manguezais de Pernambuco) feito na região nordestina de Paraíba. Maracatu, coco, ciranda, revisto à luz do electro-funk-rock actual.

Sábado, dia 19, é a noite do jazz, do blues e da soul africana. STANLEY JORDAN, músico nova-iorquino que tem gravado para a reputada editora Blue Note, “revolucionou o modo de tocar guitarra com a sua nova técnica (…) conhecida como tapping que resulta em sons de guitarra semelhantes ao de um teclado”. ANGELIQUE KIDJO (na foto), vem do Benin (minúsculo país de África, próximo da Costa do Marfim) e tem tentado usar a sua portentosa voz ao serviço de uma fusão de raízes yoruba com funk e soul americana e, nos últimos tempos, com um cardápio de sonoridades dos trópicos: merengue, reggae, salsa, calypso. A segunda noite encerra com a soul, os blues, o r&B e os solos de guitarra eléctrica e de “slide guitar” do norte-americano BERNARD ALLISON.

Domingo, dia 20, há a visão modernista e pop do fado pelos DONNA MARIA e o principal repasto deste festival. Primeiro, o colectivo cigano romeno FANFARE CIOCARLIA cuja imponente secção de metais toca horas e sirbas a mais de 200 rpm. Segundo, os franceses BABYLON CIRCUS que unem uma forte componente cénica circense excepcionalmente bem orquestrada, a uma fusão de estilos que vão deste a inevitável música de circo, à musette das ruas de Paris, ao reggae e ao ska jamaicano.

Mais informação no site Maré de Agosto

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3 Comments

  1. Ora essa, Ricardo. Eu é que que tenho de agradecer-te pelo convite e pela forma como me receberam.

    Um grande abraço

    Luís Rei

    PS: vê lá se o pessoal da Ronda da Madrugada e do Sol Baixo “agarra o toiro pelos cornos”. Já basta a Balada do Atlântico ter acabado precocemente sem gravar disco, não podermos ver o Carlos Medeiros a apresentar ao vivo “O Cantar Na M’incomoda” nem termos notícias regulares do Zeca Medeiros.

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