Concertos

A slide indiana, a trikitixa basca, a kora maliana e os espírito tuaregue-francófono no SET’06 em Aveiro

LO'JO A partir de hoje e até ao próximo dia 2 de Dezmebro, realiza-se a quinta edição do Festival Sons em Trânsito. Um festival comprimido agora para quatro dias, num só fim-de-semana (e não dois, como anteriormente acontecia) e num só palco em Aveiro: o Teatro Aveirense.

A noite de hoje é dividida entre uma das vozes argentinas que tem renovado o tango – CRISTOBAL REPETTO – e o projecto a dois entre o pianista italiano LUDOVICO EINAUDI (que também tem tocado com RODRIGO LEÃO) e um dos maiores mestres malianos de kora, BALLAKÉ SISSOKO. Músico que já gravou o belíssimo disco “New Ancient Strings”, assinado em conjunto com TOUMANI DIABATÉ.

Amanhã, o indiano DEBASHISH BHATTACHARYA mostrará toda a sua perícia nas várias “slide guitars” que construiu e o basco KEPA JUNKERA, virtuoso da pequeno fole basco, de nome trikitixa, vem apresentar o seu novo disco “Hiri”. Mais uma mega-produção conceptual que descreve uma viagem por várias cidades do mundo (Hiri designa cidade em euskera) – Agadir, Kokkola, Tbilisi – que conta com a participação de inúmeros músicos folk europeus: ELISEO PARRA, MERCEDES PEÓN, TACTEQUETE, XOSÉ MANUEL BUDIÑO, IBON KOTERON, ALOS QUARTET, BULGARKA, ENZO AVITABILE AND I BOTTARI DI PORTICO, entre outros.

No dia 1 de Dezembro, SARA TAVARES tem uma rara oportunidade de apresentar em Portugal a sua mais recente criação – “Balancê” – num anfi-teatro nacional. Seguem-se os nómadas (de espírito) franceses LO’JO (na foto), responsáveis pelo melhor espectáculo do Festival Med de Loulé em 2005. Projecto que tanto mergulha a fundo na canção francesa como é engolido pelas areias do deserto do norte do Saara e como é absorvido pela intensa fumarada dos ritmos de Kingston.

No último dia, haverá a alma intensa e dorida do fado de ALDINA DUARTE e a música funcional do cordofonista francês RENÉ AUBRY, que se tem destacado em Portugal na criação de música para espectáculos de dança. Músico que já colaborou com o coreógrafo PAULO RIBEIRO. O V SET termina em festa, no primeiro piso do Teatro Aveirense, com os DAZKARIEH.

Oiça o Terra Pura especial sobre o Sons em Trânsito, com análise a todos os nomes presentes nesta edição do SET

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[audio:http://www.cronicasdaterra.com/Terrapura/terra20061125_2.mp3|autostart=no|bgcolor=0x000000]

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20 Comments

  1. olá camarada!

    belo programa! lá estarei também (para os concertos e para os hamburgueres na ramona e para os ovos moles para dar coragem logo de manhã e para a tasca que tem o melhor peixe de rio-ria que eu já comi e do qual não me lembra o nome…)

    um grande abraço

  2. oi camarada,

    Ramona… esse antro de petiscos gordurosos… espero encontrar um restaurante macrobiotico 😀 Mas não dispenso os ovos moles nem o camarão e o polvo da Costa Nova.

    Cada vez que me lembro que houve um grupinho que no ano passado fez lisboa-aveiro-lisboa só para ver o Corey Harris e foi para o Ramona em vez de ficar a ver a Symmetric Orchestra (por desconhecimento)… o que vale é que o concerto foi muito mauzinho…

  3. Pois, o ano passado não fui ao SET – estava em Londres, no Atlantic Waves – mas soube da aventura do grupinho… E quando falei em tasca não estava, claro, a referir-me ao Costa Nova 🙂

    Também vou no polvo, a nadar em azeite…

    Grande abraço

  4. Olha lá o azeiteiro que gosta de “guitar heroes” 😀 😀 😀

    Costa Nova não é uma tasca, mas sim um local junto ao mar, a uns 8 kms de Aveiro, com aquelas casinhas típicas às riscas (que parecem ter sido pintadas por adeptos do Leixões e do Vitória de Setúbal :D) com uma quantidade brutal de bons restaurantes amigos do “sr peixe” e da “sr marisco”, para além de ter uma praça de meter inveja a quem vive no concelho de Sesimbra. A vontade que dá é trazer um camião com polvo, marisco e etc… o problema é não ter uma câmara frigorífica 🙁

    Afortunados todos aqueles que vivem na Costa Nova, não é Vasco? 😉

  5. É com uma imensa satisfação que se recebe a notícia da vinda do Kepa Junkera a Portugal. Para máis com Eliseo Parra, Tacteque, Xosé Manuel Budiño e Mercedes Péon…Dia 30 de Novembro, tem tudo para ser um dos melhores dias do ano aqui no “burgo”, no que à folk diz respeito!

  6. Uuuuups… Pensava que Costa Nova era o nome daquele restaurante finíssimo onde às vezes vamos almoçar ou jantar!!! E, sim, conheço essa zona das casinhas às riscas e também já comi por lá, belissimamente diga-se… E volto a apostar no polvo, com muito azeite mas sem guitarras azeiteiras…

  7. Ui… estavas a pensar naquele restaurante todo nouvelle cuisine que o Manuel Faria sonhava ir quando andava na estrada com os Trovante? Prefiro aquele junto mesmo no cantilho da rua do Teatro Aveirense (o que tem um barril à porta é que é mesmo de evitar).

    Hugo, o Kepa vem apresentar o “Hiri”, mas duvido que traga esse pessoal todo… era bom, era… esses e muitos outros foram nomes que participaram no disco.

  8. Olá Malta!
    A aposta num fim de semana concentrado é excelente!
    Principalmente para a gastronomia!
    Mais umas dicas:
    Para o peixe: A Barca – Perto da Caixa Geral de Depósitos
    Para uns ossos depois da 1h da manhã: Alexandre, perto da discoteca 8º Oeste
    Para uma sopa às 6 da manhã: A Tasca perto da lota do peixe
    Bom apetite!
    Artur

  9. bem, parece que Aveiro é a city-that-never-sleeps cá do sítio!

    as referencias vão ficar registadas para serem averiguadas daqui a um mês.

  10. mais ou menos, poderiam ter-se entrusado mais, e o Ballaké solado mais, o ambiente do Aveirense é um pouco austero para puxar à festa…

    a maior parte da malta gostou mais de ouvir o tango do Cristóbal, era mais acessível.

  11. ontem fui surpreendido por Debashish Bhattacharya heh não conhecia mas foi fácil ficar deliciado pela prestação deles em palco. Excelente trabalho de tabla e slide guitar capazes de nos transportar para ambientes tanto exóticos como mais conhecidos (as musicas com a “baby guitar” – foi o que ele lhe chamou, certo? – faziam-nos lembrar sons bem mais conhecidos), além do bónus de ter o espectáculo explicado ao inicio 🙂

    Kepa Junkera, já conhecia mas nunca tinha visto ao vivo. Gostei, embora não tenha ficado tão rendido como fiquei a Debashish Bhattacharya, mas pronto isso é o meu gosto. A nível de espectáculo foram naturalmente mais interactivos com o publico e claro tiveram mais feedback por parte do mesmo (embora as tablas tenham recebido calorosos aplausos).

    Hoje não vou puder ir, mas Sábado lá estarei de novo

    Há fotos, querem?

    ah, além dos concertos, como tinha sido há uma pequena feira de musicas do mundo onde não resisti a comprar o cd de Nuru Kane – Sigil ainda por cima a um preço catita de 13€, e é provável que no Sábado ataque aquela banca de novo hehe

  12. Olá Marco, também gostei mais do Debashish, apesar de alguns grandes momentos do Kepa.

    Se puderes enviar fotos, seria óptimo.

    Esse disco do Nuru Kane é muito bom. E ele é uma excelente pessoa. Entrevistei-o em Sines. Vou publicar a conversa em breve.

    abraço

    lr

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