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[petição] GALANDUM GALUNDAINA a vencedores do PJA 2006

Ao Exmo. Sr. Joaquim Raposo,

Presidente da Câmara Municipal da Amadora.

Há quase vinte anos que o município a que preside, atribui anualmente um importante estímulo à criatividade e à boa saúde da música tradicional de raiz portuguesa. Há quase vinte anos que o Prémio José Afonso (PJA) tem encontrado sucessivamente boas mãos que têm dignificado não só a nossa música, como o prestígio do prémio e do músico que lhe deu nome.

Ao longo deste tempo, uma equipa coordenada por Júlio Murraças sempre soube efectuar um levantamento exaustivo dos discos nacionais que iam saindo no mercado, para posterior análise do júri, em que este nomeou (quase) sempre as mais significativas obras musicais de cada ano. A mais recente prova disso, é o facto de “Torna Viagem” de Zeca Medeiros (editado em 2004), disco de inegável qualidade mas de aparição rara nas lojas, ter recebido o referido galardão na edição de 2005.

Por isso mesmo, não compreendemos a alteração efectuada no Regulamento em que deixou de haver um responsável pela criação de uma lista de discos editados ao longo de 2005, cujos trabalhos seriam submetidos ao Júri do PJA, para passarem a solicitar às editoras o envio dos registos fonográficos que estas considerem pertinentes.

Pela amostra dos discos a concurso em 2006 – “Apontamento” de Margarida Pinto, “Mulheres” das Vozes da Rádio, “Amores Imperfeitos” de Viviane, “Éramos Assim” de Boite Zuleika, “Groovin’on monster`s eye-ball s” dos Hands on Approach, “Cacus” de José Peixoto e Carlos Zíngaro, “Coisas Simples” de María León, “Almadrava” dos Marenostrum e “Cantes d’Além Tejo” de Francisco Naia” – facilmente se conclui que, ou as editoras não enviaram uma série de registos que melhor se inserem no espírito deste prémio, ou a CM da Amadora não contactou todas as editoras que poderiam providenciar essas obras. Tendo, por isso, sido ignorados os seguintes títulos: “Modas I Anzonas” de Galandum Galundaina, “Ulisses” de Cristina Branco”, “Mandrágora” de Mandrágora, “No Castelo de Chuchurumel” de Chuchurumel, “Balancê” de Sara Tavares, “Ascent” e “Alice” de Bernardo Sassetti, “Single” de Carlos Bica, “Tudo ou Nada” de Katia Guerreiro, “Diário” de Mafalda Arnauth”, “Faluas do Tejo” de Madredeus, “Obrigado” de Teresa Salgueiro, “Transparente” de Mariza, “Drama Box” de Mísia, “Gincana” de Roldana Folk”, “Ilha do Meu Fado” de Carla Pires, “Gritar o Fado Revisitado” de Fadomorse, “Abertura” de Lupanar), “Viola Toeira” de Luís Baptis, “(H)á Fado” de Mário & Lundum, “Condição de Louco” de Danae, entre outros.

Por acreditar que em 2005 saíram um bom lote de obras discográficas à altura do “prestígio” do prémio e do autor que lhe deu nome, o site / blogue Crónicas da Terra (de divulgação de nova música de inspiração em novas e antigas raízes da música tradicional dos quatro cantos do mundo), nomeou oito álbuns (do lote acima mencionado) para que todos os leitores desta publicação electrónica se pronunciassem sobre o disco que estaria “à altura” do PJA de 2006.

Esta foi uma iniciativa espontânea, mas que contou de imediato com uma série de apoios de outros responsáveis por sites / bloques de música (e não só), como Raízes e Antenas, Santos Da Casa, A Trompa, Grandes Sons, Retorta, Sopa da Pedra, Canto Nómada, O Encanto da GaitaDura, «Diç que an Fuonte Aldé», entre outros. Em menos de uma semana, participaram 112 votantes. Deste universo, uma enorme maioria de 75 leitores, considerou o álbum “Modas I Anzonas” como o disco mais indicado para receber o PJA de 2006.

Por todo este consenso gerado à volta da não atribuição do Prémio José Afonso 2006, pelo facto de haver bons discos merecedores desse galardão e da expressividade da votação em Galandum Galundaina que incluiu músicos de várias bandas, vários jornalistas de órgãos de referência (como o Jornal Público e outros), responsáveis por prestigiados festivais como o FMM de Sines e o Intercéltico de Sendim, vimos solicitar que reconsiderem a posição tomada, atribuindo assim o prémio em causa ao disco “Modas I Anzonas” de Galandum Galundaina.

Atenciosamente,

com os nossos melhores cumprimentos,

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