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O «slide» de Bhattacharya no FMM de Sines

As várias guitarras 'slide' de DEBASHISH BHATTACHARYA O indiano Debashish Bhattacharya e o norte-americano James Blood Ulmer são as mais recentes “aquisições” do FMM de Sines, anunciadas hoje pela organização do festival.

Depois de ter confirmado oficialmente as presenças de Lee “Scratch” Perry e Chucho Valdés, o FMM de Sines acaba de anunciar a presença mais dois nomes na XI edição da maior celebração de músicas do mundo em Portugal, que se realiza este ano entre os dias 17 e 25 de Julho.

Debashish Bhattacharya apresenta-se em Sines no dia 24 de Julho e James Blood Ulmer no dia 25 de Julho, ambos no recinto do Castelo medieval.

Debashish Bhattacharya (Índia)

Desde que descobriu a “slide guitar”, com apenas três anos, Debashish Bhattacharya (n. 1963) tem devotado a sua vida a tornar-se um dos melhores intérpretes deste instrumento, com grande tradição na Índia, sendo hoje reconhecido como um dos seus “pandit” (mestres).

Melhor artista da Ásia / Pacífico nos BBC Radio 3 World Music Awards 2007, Debashish transformou a “slide guitar”, criando versões adaptadas do instrumento que usa como veículo para incursões de profundidade rara pela raga indiana.

Ao lado do seu irmão Subhashish, na tabla, e das únicas mulheres indianas que tocam as percussões tradicionais “pakhawaj” e “mridangam”, Chitrangana Agle Reshwal e Charu Hariharan, Debashish apresenta-se em Sines com um espectáculo baseado nos seus últimos dois discos, “Calcutta Chronicles” (que lhe valeu uma nomeação para um Grammy em 2009) e “O Shakuntala”.

James Blood Ulmer (EUA)

O guitarrista e vocalista James Blood Ulmer (n. 1942) tem um percurso ligado a praticamente todos os géneros da música afro-americana.

Guitarrista desde os 4 anos (o pai, pastor, ofereceu-lhe um instrumento com o objectivo de prepará-lo para a pregação), começou a carreira profissional trabalhando em grupos de R&B e funk.

Desde muito cedo atraído pelo jazz, conheceu e tocou com Ornette Coleman, cuja subversão da componente harmónica em favor da improvisação livre, atonal, teve grande influência na sua produção dos anos 70 e 80.

Hoje a sua música é mais estruturada e tem vindo a ganhar ascendência a rica história dos blues e a tradição que o rock (nomeadamente na linha psicadélica) tem no seu instrumento.

Os discos “Birthright” (2005) e “Bad Blood in the City: The Piety Street Sessions” (2007), produzidos por Vernon Reid, são os melhores exemplos do James Blood Ulmer actual, “bluesman” de corpo inteiro que teremos o privilégio de ouvir num concerto em que enche o palco apenas com a sua voz e a sua guitarra.

fonte: FMM de Sines

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