E se lhe dissesse que os mágicos de Sligo vão “atacar” o Festival Eurovisão da Canção de 2007 cuja grande final se realiza a 12 de Maio em Helsínquia? É a pura verdade. Os DERVISH que abrilhantaram por diversas vezes festivais folk em Portugal como os Intercélticos do Porto e de Sendim, o Sons do Atlântico de Porches e o José Afonso de Coimbra foram escolhidos pela televisão local RTÉ para representar a Irlanda nesta 52ª edição de um festival que já teve como vencedores os “techno-folkers” belgas URBAN TRAD. A banda de CATHY JORDAN corre assim o sério risco fazer com que o país dos trevos conquiste pela oita vez o trofeu ganho o ano passado em Bucareste pela Finlândia, com a canção “Hard Rock Hallelujah”, pelo grupo de hard rock LORDI.
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DERVISH sucedem a LORDI?
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quase que se pode chamar a isto “prostituição” (musical)…
não acho! não era óptimo o Festival da canção tornar-se um festival que gostássemos de ver, com concorrentes bons de todos os países?
Era realmente óptimo poder assistir a um eurofestival com qualidade, mas acho que não vale a pena sonhar… ou será que vale?
Quem sabe os Dervish podem ser os colonizadores de uma nova Europa musical para as massas.
Caro Luís:
É inacreditável, mas é bem possível que assim o Festival da Eurovisão vá mudando… aos poucos… já não era mau.
Aproveitei a tua notícia com o respectivo link para a minha casa.
Abraço.
André Moutinho
Também não me importava nada que o Festival da Eurovisão fosse uma montra global das músicas tradicionais ou das suas releituras actuais de cada um dos países participantes. Era uma boa maneira de impedir muito boa gente de continuar a apresentar canções copiadas aos Abba trinta anos depois da vitória dos suecos… E talvez fosse uma boa maneira de «obrigar» a RTP a dar lugar nos seus estúdios a muitos grupos e artistas portugueses que, da maneira como as coisas estão, nunca aparecem na nossa televisão dita pública… Para já, só veria vantagens num formato eurovisivo desses…
Abraços
Estás à vontade André… dou-te os parabéns por te esforçares por cumprir a “netiqueta”. O mesmo não posso dizer de alguns “veteranos”. De qualquer forma esta notícia é “livre”. Já apareceu no site da RTE e no site dos Dervish. Qualquer um de nós há muito que já podia ter “tropeçado” nela.
Quanto ao festival da canção, já vai sendo tempo de haver boas canções e bons intérpretes. Oxalá os Dervish lutem pelo primeiro lugar com o Morrissey (ou com os Pulp). Seria bomm ver uma Estrella Morente a competir por Espanha, uma Yasmin Levy por Israel, uma Elefteria Arvanitaki pela Grécia, uma Sofia Karlsson pela Suécia, uma Carla Bruni pela Itália. Seria um luxo. E, como referiu o António, atendendo à dificuldade que os artistas de repertório mais interessante têm de entrar na televisão, esta até que seria uma boa forma. O problema é que um evento desta natureza é feito apenas uma vez no ano.
Quanto aos Dervish, a prestação deles será uma incógnita dado que a canção que irão defender não é deles e será em breve escolhida pelo público irlandês através de televoto.
Seria bom se…o Festival da Eurovisão fosse outra coisa que não uma montra da música “pimba” que se faz por essa Europa fora.
Os”Dervish” irem lá, não é mau em si. Depende da canção que forem interpretar e do lugar que obtiverem na classificação final. Não devemos esquecer a actuação dos “Riverdance” (no intervalo do Concurso em 1994), que provocou um revivalismo da dança tradicional na Irlanda. Hoje em dia dança-se ao vivo na maioria dos “pubs” irlandeses e voltaram a haver encontros de dança tradicional em todo o país. Alguma coisa se ganhou…
Em Portugal já tivemos casos desses (José Mário Branco em 1975, por exemplo) e se essas intervenções puderem chamar a atenção de milhões de telespectadores para outro género de música, porque não?
Não podemos, no entanto, ser “naives” e esquecer os “lobbies” que se movem por detrás do Concurso. Se calhar, a melhor alternativa seria criar um Festival Alternativo, como aquele, no Brasil, onde o José Afonso cantou uma vez…