Enquanto este espaço ainda anda a tentar recuperar o fôlego perdido, a organização do FMM de Sines já confirmou oficialmente 13 presenças. As Crónicas da Terra sabem que há mais quatro nomes presentes nesta 12ª edição, que se realiza entre os dias 23 e 31 de Julho: Cheikh Lô, The Rodeo, The Shin e Jacky Molard Quartet & Foune Diarra Trio.
Até agora, este parece ser uma edição marcadamente latina. Em Porto Covo (24 de Julho) teremos uma orquestra de salsa colombiana: La 33. No Centro de Artes (26 de Julho) uma das vozes femininas mais intessantes da Galiza: Guadi Galego. Ex cantora dos Berrogüetto que tem participado em vários projectos locais – Espido e Nordestin@s. Nos dois últimos anos, passou pelo FMM como convidada, ora de Marful, ora de Uxia Senlle. Este ano vem apresentar o seu primeiro e muito interessante disco a solo, “Benzon”.
Um dia depois (27 de Julho), no mesmo local, haverá tango cantado em lunfardo pelos repetentes e argentinos 34 Puñaladas.
A 28 de Julho, primeiro dia de assalto ao castelo, teremos a brasileira Céu. No mesmo dia, a fechar as actividades na Av. da Praia, estarão os Novalima que misturam raízes afro-peruanas com beats electrónicos.
No dia 29 de Julho, no final de tarde da Av da Praia, haverá boleros, valsas peruanas e racheras recriadas pelas norte-americanas Las Rubias del Norte. No Castelo, a israelita Yasmin Levy interpretará repertório sefardita com muito flamenco à mistura. Os britâncos The Mekons irão mostrar porque são, há 30 anos, uma instituição do alt-country. De novo, na Av. da Praia, os norte-americanos Grupo Fantasma farão a festa latina com cumbia, son montuno, muito groove afro-funk e psicadelismo.
A 30 de Julho, a representante de uma China moderna a abraçar o mundo, Sa DingDing, abrirá o terceiro dia de actividades no Castelo. E os representantes da diáspora brasileira em Nova Iorque, Forró In The Dark, animam as hostes fora-de-horas com forró progressivo (isto é, ritmos nordestinos contaminados por dub, rock, funk).
No último dia de FMM (31 de Julho) o castelo recebe uma das mais importantes vozes da história do flamenco: Lole Montoya. A festa final, com direito a fogo de artifício, deverá estar a cargo dos Staff Benda Bilili da República Democrática do Congo. Grupo formado por músicos paraplégicos, vítimas de poliomielite em crianças, que dormiam e ganhavam a sua vida na rua cantando e tocando para os transeuntes, que tem devorado prémios da “indústria” da “world music”: da feira Womex à revista britânica da especialidade Songlines.
Ainda não confirmados
Em alguns sítios do Myspace é possível verificar que o senegalês Cheikh Lô (que já passou pelo extinto África Festival de Lisboa) e o colectivo de etno-jazz, oriundo da Georgia, The Shin, deverão actuar em Porto Covo (dias 24 e 25 de Julho, respectivamente). Em Sines, dia 29, poderemos contar com o interessante colectivo que miscigena música bretã e tradicional maliana pelo quarteto de Jacky Molard em perfeita harmonia com trio de Foune Diarra. Um dia depois, quem se perdeu de amores por Moriarty, terá de aproveitar a oportunidade de conhecer o duo The Rodeo.
Até agora (dos nomes confirmados) estou a apostar em La 33, Novalima, Yasmin Levy, Grupo Fantasma e Forro in the Dark.
Infelizmente este ano não vou poder ir ao ultimo dia, por isso prefiro esquecer que Staff Benda Bilili lá vão estar…
Vamos lá ver que surpresas nos reserva o resto do cartaz 🙂