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África Festival | Torre de Belém

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MAYRA ANDRADE no FMM de Sines 2006 | (c) Mário Pires

Este ano o África Festival realiza-se duas semanas mais cedo (do que era habitual) e as datas (28 a 30 de Junho) sobrepõem-se às do Med de Loulé (que se realiza entre os dias 27 de Junho e 1 de Julho). Tarefa difícil esta de optarmos por ficar em Lisboa ou rumamos ao sul do País. Se o festival algarvio promete (mais uma vez) uma programação de elevado nível artístico, o cartaz do África Festival volta a mostrar artistas africanos de grande qualidade. Alguns deles em estreia absoluta no nosso país. É pena que esta edição volte a realizar-se junto à Torre de Belém ao invés de regressar ao belíssimo anfi-teatro natural Keil do Amaral.

A 28 de Junho, a mais interessante cantora cabo-verdiana da nova geração a viver em França, MAYRA ANDRADE, abre a esta edição do África Festival. Segue-se, na mesma noite, a música hipnótica e de transe do norte do Egipto com os MÚSICOS DO NILO (que passaram há cerca de três semanas pela Casa das Música).

No dia seguinte, a África Lusófona volta a marcar presença pela voz do angolano PAULO FLORES que tem fundido a mais tradicional (semba) e a moderna (kizomba) música local com o samba brasileiro. O inevitável Mali também está representado, este ano com BASSEKOU KOUYATE e a sua orquestra de quatro tocadores de n’goni denominada de NGONI BA que apresentará repertório de “Segu Blue”. Seguramente, um dos mais interessantes álbuns oriundos de África editados este ano.

No último dia, 30 de Junho, as festividades prosseguem com a camaronesa, SALLY NYOLO com o seu mais recente projecto STUDIO CAMAROON em que a ex-ZAP MAMA grava com uma série de jovens músicos locais. Resta saber que artistas da “Original Bands of Yaoundé” ela conseguirá trazer a Lisboa. O encerramento estará a cargo da histórica voz senegalesa de BAABA MAAL. Provavelmente, o mais reconhecido músico de Dacar a seguir a YOUSSOU N’DOUR. No final dos anos oitenta gravou com MANSOUR SECK duas pérolas da discografia essencial de África: “Djaam Leelli” e “Bayoo”.

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