O programa de rádio Multipistas – Músicas do Mundo celebra um ano de emissões na Rádio Urbana para a zona da Cova da Beira (Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda) e, promove no próximo dia 21 de Abril, a partir das 21h30, no auditório da delegação regional do Instituto Português da Juventude, em Castelo Branco, um encontro multicultural com cinco propostas musicais nacionais e da África Lusófona. Jorge Costa, autor e realizador do programa refere que pretende com esta iniciativa “não só passar em revista as quatro dezenas de programas emitidos e fazer um balanço do trabalho realizado até agora, mas também envolver a comunidade – entre ouvintes habituais, aficionados e público em geral – de forma mais aprofundada na esfera da world music”.
E os grupos são:
BATUQUE (Cabo Verde) – batuque
As Batuque (Carmen Tavares, Claudina Borges, Djany Fernandes, Ludmilde Tavares e Vanize Fernandes) foram buscar o nome ao mais africano dos ritmos cabo-verdianos, canto colectivo surgido na ilha de Santiago na época colonial. Se numa morna é precisa uma guitarra e no funaná uma gaita e um ferro, no batuque bastam as mãos e o resto do corpo. Uma das executantes canta trechos curtos e repetidos, dançando as restantes ao ritmo da percussão. São diálogos sobre temas do quotidiano, com críticas sociais ou de cariz moral, destacando-se a percussão ora lenta, ora enérgica, sobre tchabetas (almofadas de pano ou napa) ou pequenos tambores.
BISSA GUINÉ (Guiné Bissau) – gumbé
Os Bissa Guiné (Cintia Ferreira, Demba Enado, Edson Fernandes, Irlim Correia, Maria Felicidade Carvalho, Maria João Santos e Osvaldo Djata), representam o gumbé, o mais festivo género de dança guineense e um dos mais alegres e ritmados do continente africano. Neste estilo de base vocal e percussiva fundem-se vários géneros tradicionais da Guiné Bissau e da África Ocidental, diversidade musical que se combina com sons contemporâneos. Para além das letras em crioulo, uma síntese das linguagens africanas e do português, o gumbé destaca-se pelo ritmo e pelo movimento espontâneo não coreografado.
CIBO MOSARI (Castelo Branco, Portugal) – folk fusion
Desde a sua criação em Fevereiro de 2006 que os Cibo Mosari já deram mais de uma dezena de concertos em todo o país, destacando-se a sua presença no primeiro Festival Sons e Ruralidades, realizado no Vimioso. As influências deste grupo, que cruza os caminhos da folk, vão desde a música tradicional da Beira Baixa aos quentes ritmos africanos. O quarteto albicastrense é formado por José Araújo (timbalão, maracas e voz), Luís Moreira (daburka, djembé e didgeridoo), Nuno Sabino (djembé) e Ricardo Santos (gaita de foles transmontana e flauta irlandesa).
OCAIA (Fundão, Portugal) – celtic folk
Os Ocaia apresentam-se com a mesma designação da Associação de Artes e Saberes Tradicionais sedeada no Fundão. Eles são apenas uma parte do projecto, criado em 2004, que visa a revitalização, a divulgação e o ensino das artes populares, da música e dos saberes tradicionais da zona da Serra da Gardunha. A colectividade recolhe músicas e histórias da tradição oral, dedicando-se também à criação de novos temas e à recuperação de instrumentos de expressão regional como o pífaro, a palheta, a viola beiroa ou o bombo.
Trebaruna (Fundão, Portugal) – celtic folk
Criados em 2006, os Trebaruna são um projecto que se inspira nas raízes da música celta, cruzando sonoridades portuguesas, irlandesas e britânicas. Influências que o grupo transforma quer em temas tradicionais, quer em composições originais. Dos ritmos lentos e profundos até à vibrante energia dos reels e jigs, os Trebaruna transportam-nos para um plano onde a música e o espírito são um só. O agrupamento fundanense é composto por Bruno Fonseca (flauta transversal, low whistle e bodhrán), Marco Fonseca (violino) e Pedro Lindeza (bouzouki e guitarra).
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