O amor à música segundo Luke Quaranta

Não bastava aos Toubab Krewe que se estrearam na Europa no FMM de Sines terem alugado uma casa no litoral alentejano durante duas semanas para tirarem férias e gozar os dez dias de festival. Luke Quaranta, um dos últimos músicos a regressar aos Estados Unidos ainda teve tempo de passar pelo CCB Fora de Si.

E o músico papa-festivais portugueses é…

O guitarrista israelita Uri Brauner Kinrot. Já não lhe bastava o facto de ter vindo em Junho ao Festival Med de Loulé com a Balkan Beat Box. No FMM de Sines actuou, no penúltimo dia, com os Firewater e foi um dos responsáveis pela grande pândega dos Boom Pam na surreal cerimónia de encerramento desta décima edição.

Os vistos que afectaram Sines e Loulé

A revista semanal Visão publicou, na sua edição de hoje, o artigo “Músicas com Barreiras”, da autoria deste vosso escriba, que aborda as dificuldades que os principais festivais de músicas do mundo em Portugal (FMM de Sines e Med de Loulé), na Europa e nos Estados Unidos, estão a sentir devido às restrições dos vários consulados na obtenção de vistos por parte de artistas africanos e asiáticos.

FMM Sines (Dia #8): Marful

Mostraram em Sines, porque são provavelmente, a mais interessante banda folk galega da actualidade. Ugia Pedreira, com todo seu sangue …

FES + Jimi Tenor, Last Poets e Enzo Avitabile unidos em Porto Covo pelo funk

Afazeres particulares que me obrigaram a conduzir mais de quinhentos quilómetros neste dia, impediram-me de ver boa parte da actuação de Jimi Tenor com a Flat Earth Society. Do pouco a que tive a sorte de presenciar, deu facilmente para notar que este foi um dos espectáculos de maior criatividade com músicas «para filmes que nunca existiram».

Hazmat Modine: De Nova Orleães a Tuva

Uma das grandes qualidades dos Hazmat Modine que salta ao ouvido à primeira audição do seu disco “Bahamut”, é a forma mutante como os seus blues de raiz sulista nos oferecem multiplas visões temporais e geográficas da música americana e do resto do mundo: das canções de trabalho em linhas férreas, registadas por Alan Lomax com aquele som analógico e poeirento; à alma negra de Sonny Boy Williamson e ao «swing» do performer e do saltimbanco britânico Rory McLeod, quando as duas harmónicas se confrontam e imprimem um ritmo frenético

Hermínia: mornas estilizadas de sangue quente

Coube a Hermínia manter o ambiente íntimista numa noite de algum nevoeiro e chuva miudinha. A costureira e prima de Cesária Évora, de postura franzina e pachorrenta, cujas feições reflectem a dureza dos seus sessenta e três anos de vida, trouxe consigo um lote de bons músicos, sem dúvida, mas pouco exuberantes, pouco dados ao improviso, limitando-se a seguir a pauta das estilizadas mornas e coladeras. Apesar do tom pouco quente, Hermínia conseguiu, em algumas canções, quebrar o gelo com arrancadas sanguíneas, criando momentos arrebatadores perante uma assistência maioritariamente não cabo-verdiana.

A Naifa: cortando o frio em todo-o-terreno

Ao Segundo dia, o FMM de Sines abre a extensão de Porto Covo. À semelhança do que aconteceu o ano passado com os Galandum Galundaina, a humidade, o vento e o (ainda) pouco público causam um certo desconforto a quem se encarrega de dar início a mais uma noite que serviu para A Naifa ultrapassar uma série de sucessivos testes de superação.

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