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Rotas musicais de seda no Museu do Oriente

museuoriente.jpgO Museu do Oriente, nobre projecto da Fundação Oriente, é inaugurado no próximo dia 8 de Maio. Situado na Doca de Alcântara, este espaço promete dinamizar culturalmente toda a zona ribeirinha através de uma suculenta oferta que inclui exposições, música, dança, cinema e outras iniciativas cujo leitmotiv é o continente asiático.

Nos quatro primeiros dias (de 8 a 11 de Maio), Mário Laginha apresenta o projecto «Trimurti» concebido especialmente para a inauguração do Museu e que inclui notáveis colaborações do guitarrista vietnamista Nguyen Lê (especialista em psicadelismo hendrixiano) do tocador de tablas indiano Prabou Edhouard e do percussionista japonês de taiko e shakuhachu Joji Hitota.

Durante este fim-de-semana (de 9 a 11 de Maio) há ainda música hindustani com o recital de sitar de Miguel Leão, músicas danças tradicionais de Goa com o grupo Ekvât (a 10 e 11 de Maio) e danças do deserto indiano do Rajastão com a dançarina Carolina Fonseca (9 a 11 de Maio) e música chinesa em instrumentos ocidentais com o Quarteto Capela formado por António Anjos (violino), Bin Chao (violino), Massimo Mazzeo (viola) e Varoujan Bartikian (violoncelo), também nos dias 9, 10 e 11 de Maio.
Durante a semana que se segue (dia 14 de Maio), é possível assistirmos à união entre intérpretes sufis paquistaneses da música qawwali (que tinha em Nusrat Fateh Ali Khan o seu mestre supremo) e o flamenco. Faiz Ali Faiz, que já actuou nos Sons em Trânsito de Aveiro, partilhará o palco do Museu do Oriente com os espanhóis Duquende e Chicuelo (só é pena que Miguel Poveda não participe também neste espectáculo).

A 17 de Maio haverá fado (e só fado, sem pontes de entendimento com a música do oriente) com Ana Moura.

Uma semana depois, podemos assistir a outro agradável regresso. O colectivo cigano egípcio Musicians of the Nile que participou no último África Festival actua neste espaço a 24 de Maio.

A actividade do Museu do Oriente abranda um pouco durante as três semanas que se seguem, para regressar em força a 21 de Junho com o colectivo da Mongólia Egschiglen, que traz na bagagem o álbum recém editado “Gereg” e que é «Top of the World» da última edição da revista britânica Songlines. Um sexteto que já passou pelo saudoso Cantigas do Maio e que é referência obrigatória para quem é apreciador de ritmos cavalgantes das estepes de Tuva e pelo canto gutural Khomei de projectos como os Huun Huur-Tu.

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