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10 nomes para o FMM de Sines 2009

WARSAW VILLAGE BANDA programação musical da 11ª edição do FMM de Sines, que se realiza entre os dias 17 e 26 de Julho, começa a ganhar a habitual dimensão a que a organização nos habituou nos últimos anos.

A Lee “Scratch” Perry, Circo Abusivo, Kasai Allstars já devidamente anunciados neste espaço, juntam-se agora mais sete eclécticos nomes que fazem deste festival uma celebração da multiculturalidade e transversalidade destas mil e uma músicas: Chucho Valdés, Speed Caravan, Dele Sosimi, Warsaw Village Band, Chicha Libre, Acetre e O’questrada.

Warsaw Village Band

Actuam a 24 de Julho no Castelo, onde já estiveram há uns anos. Este sexteto polaco que recupera tradições bárbaras da região polaca da Masóvia e as reveste arranjos modernistas (electro, dub, noise), regressa em boa hora. Por um lado, com um domínio cada vez maior da electrónica (ora oiçam o álbum de remisturas “Upmixing” de temas do anterior disco “Uprooting”), por outro, muito mais maduros em termos de composição. Como é possível verificar no mais recente álbum “Infinity”, em que a WBD deixa de arranjar temas tradicionais para compor em exclusivo o seu repertório. Um disco que inclui o excelente blues “Little Baby Blues” que encurta distâncias culturais entre a Polónia, o Estado Norte Americano do Mississipi e a Jamaica.

Chucho Valdés

É o segundo nome apresentado oficialmente pela organização do FMM, alinhado para o Castelo de Sines, dia 23 de Julho. O pianista cubano Chucho Valdés é um dos nomes fundamentais do jazz latino. «Filho de Bebo Valdés, um dos mais destacados pianistas e compositores cubanos do século XX, Chucho não é menos importante na história da música cubana das últimas décadas, com mais de 50 discos gravados e cinco Grammys conquistados, entre 14 nomeações. […] No concerto de Sines será acompanhado pela voz de Mayra Valdés, o baixo de Lázaro Alarcón, a bateria de Juan Carlos Castro Rojas, a percussão de Yaroldi Abreu, o sax alto de German Velazco , o sax tenor de Carlos Manuel Miyares Hernandez e os trompetes de Alexander Abreu e Maikel Gonzalez.»

O’questrada

São um dos mais criativos e estimulantes projectos da actualidade de língua portuguesa. Unem a performance de rua às músicas vadias, do fado, ao reggae, à musette francesa. Em casa (Incrível Almadense), ou com a sua “tasca” móvel em digressão pelo país, têm ganho adeptos devotos que sabem as letras de trás para a frente de um repertório cuja maioria dos temas ainda não foram editados em disco. Em Maio vêem o seu primeiro álbum chegar às lojas, via “major” Sony / BMG. Devem saber aproveitar as portas e janelas mediáticas abertas pelos Deolinda. De acordo com o Juramento Sem Bandeira, abrem em Porto Covo a XI edição do FMM de Sines.

Speed Caravan

É notável como um alaúde electrificado (Mehdi Haddab) e um baixo carregado de groove (de Pascal Teillet) podem fazer tamanhos estragos. À semelhança de Rachid Taha (que colaborou com eles no disco “Kalashnik Love”, conferem à música magrebina um dos territórios mais estimulantes para a exploração do rock’n’roll do século XXI. A versão de “Killing An Arab” dos Cure irá certamente figurar na lista dos momentos mais intensos deste FMM.

Dele Sosimi

Não podia faltar o afrobeat nesta edição. Depois de ter participado na edição de 2008 do Festival das Músicas do Mar, na Póvoa do Varzim, o ex-teclista da banda Egypt80 de Fela Kuti regressa este ano a Portugal. De acordo com o seu site, actua a 18 de Julho, em Porto Covo.

Chicha Libre

Autores de um dos discos a ter em conta na elaboração do balanço de 2009, “Sonido Amazonico”, os Chicha Libre são, à semelhança de nomes como Toubab Krewe, Dengue Fever, vampire Weekend ou Rupa & The April Fishes, mais uma formação americana que se inspira em ritmos e melodias fora das suas fronteiras. Estes nova-iorquinos de Brooklyn recuperam a “chicha” amazónica dos final dos anos 70. Isto é, junção de guitarras surf, pop psicadélica carregada de órgãos farfisa e sintetizadores moog com melodias andinas e cumbias colombianas. Para dançar até cair.

Acetre

Oriundos da “nossa” Olivença situada pertíssimo de Badajoz, são uma das mais antigas instituições folk da estremadura espanhola. Este colectivo de nove elementos une a folk do norte atlântico, com influências do norte de áfrica e do médio oriente. Têm um pé na música “celta”, outro na ancestral tradição sefardita. Têm também arranjado à sua maneira temas tradicionais portugueses, sobretudo do Alentejo, como a “Rama de Alecrim” ou a “Rola”. Merecem ser conhecidos pelos portugueses.

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